Em reunião com secretária de Saúde, Ângela Melo expõe preocupações sobre vacinação em Aracaju
Como parte das ações em defesa da vida e por vacinação para toda a população de Aracaju, a vereadora Professora Ângela Melo (PT) reuniu-se na tarde desta terça (23) com a Secretária Municipal de Saúde, Waneska Barboza, e com a Diretora de Vigilância e Atenção à Saúde, Taise Cavalcante.
Na oportunidade, a parlamentar petista manifestou preocupação com a ausência de um cronograma com datas precisas para a imunização dos diferentes grupos prioritários. “Não saber quando serão vacinadas deixa as pessoas apreensivas. Os idosos com menos de 90 anos, por exemplo, estão ansiosos porque viram os acima de 90 tomarem a primeira dose, mas não têm ainda uma data sobre quando chegará a sua vez”, disse.
Nesse sentido, Ângela ressaltou a necessidade de um planejamento com datas determinadas e divulgadas antecipadamente, até como forma das pessoas se organizarem para tomar a vacina. A Secretária de Saúde comentou que compartilha da mesma preocupação da vereadora e mencionou que, em reunião realizada na semana passada entre os prefeitos e o Ministro da Saúde, foi destacada a importância do Governo Federal apresentar um cronograma de imunização dos segmentos que integram os grupos prioritários.
Durante a reunião, a secretária Waneska Barboza informou também que recebeu do Governo Federal doses suficientes para vacinação de, até o momento, apenas 73% dos profissionais de saúde. Para Ângela Melo, esse cenário é angustiante, porque limita a ação dos municípios e estados que querem vacinar, mas ficam na dependência do Governo Federal. “É alarmante saber que quase 30% dos trabalhadores e trabalhadoras da saúde, que estão salvando vidas todos os dias, ainda não receberam a vacina. E é lamentável também que o Governo Federal não tenha ainda disponibilizado datas e prazos reais para a vacinação dos grupos prioritários”, criticou.
Uma decisão importante neste sentido foi tomada na noite desta terça (23) pelo STF, que aprovou a autorização para que estados e municípios comprem e distribuam vacinas contra a covid-19, caso o Governo Federal não cumpra o Plano Nacional de Imunização ou caso as doses previstas sejam insuficientes. Essa ação foi apresentada no final de 2020 pela Ordem dos Advogados do Brasil.
Trabalhadores/as da Educação
Outra preocupação expressa pela vereadora foi em relação à possibilidade de retorno das aulas presenciais nas escolas públicas de Aracaju sem a garantia de vacinação dos trabalhadores e trabalhadoras da educação.
De acordo com dados apresentados pela Diretora de Vigilância e Atenção à Saúde, o Governo Federal trabalha com um quantitativo de 6.136 docentes em Aracaju, um número muito abaixo da realidade atual considerando as escolas sediadas na cidade, incluindo as redes municipal, estadual, federal e privada e que além de professores e professoras há também os funcionários como trabalhadores/as da Educação.
Ao comentar esses dados e anunciar que foi discutido com o Governo Federal a possibilidade de antecipação da vacina para docentes, a secretária de Saúde disse que, provavelmente, essa quantidade prevista pelo Ministério da Saúde não será suficiente para imunizar todos os trabalhadores da educação de Aracaju.
Essa informação, para Ângela Melo, apenas reforça a necessidade de reversão do Decreto Municipal que estabelece o retorno das aulas presenciais no próximo dia 22 de março. “Ainda não sabemos a previsão de vacinação dos professores, professoras e funcionários de escolas. Além disso, o número que o Governo Federal trabalha é muito distante da realidade. Num cenário como este, não tenho dúvidas da gravidade das aulas presenciais”, enfatizou.