Elber parabeniza Imbuaça pelos 41 anos do grupo teatral

por Luciana Gonçalves, Assessoria de Imprensa do parlamentar — publicado 29/08/2018 11h18, última modificação 29/08/2018 11h18
O vereador Elber Batalha (PSB) utilizou a tribuna da Câmara Municipal de Aracaju (CMA), na manhã desta quarta-feira, 29.08, para felicitar o Grupo Imbuaça pelos 41 anos de existência e serviços prestados à arte e cultura em Sergipe.
Durante o discurso, o parlamentar lembrou a época em que foi secretário de Estado da Cultura e teve a oportunidade de conviver mais de perto com pessoas que fazem parte do Imbuaça.
“Um grupo que tem à frente meu querido amigo Lindolfo Amaral, com que tive o privilégio de ser meu diretor na Secult, pessoa preparadíssima no contexto da dramaturgia, doutor em artes cênicas e faz pós-doutorado em teatro em Portugal. É uma pessoa e um grupo que leva a cultura Sergipana através da cena teatral além fronteiras do Brasil”, lembrou Elber.
História do Imbuaça
O nome é uma homenagem ao embolador Mané Imbuaça, que residia na Rua Santa Luzia, com a Rua Campos. Ele frequentava a sede do Diretório Central dos Estudantes da UFS, localizada próxima a sua residência, onde também acontecia os ensaios do grupo. Com o seu falecimento, em fevereiro de 1978, os integrantes que já vinham pesquisando a cultura popular, resolveram homenagear um artista que conheceram durante os ensaios no DCE, cujo perfil estava relacionado as perspectivas de trabalho dos atores.
Ao longo desse tempo o Imbuaça montou trinta espetáculos, participou de quase todos os festivais de teatro do país, circulou por todas as regiões brasileiras e representou o Brasil em festivais nos países, Portugal, Equador, Cuba e México. É um dos grupos mais antigos em atividade continua no teatro de rua do país e tornou-se conhecido pelo seu trabalho inspirado nas danças dramáticas de Sergipe e na Literatura de Cordel, que é a base para construção da dramaturgia em grande parte de seus espetáculos.
O primeiro espetáculo “Teatro chamado Cordel”, cuja estreia ocorreu na Praça Nossa Senhora de Lourdes, no bairro Siqueira Campos, em 1978, foi composto pelos textos “O marido que passou o cadeado na boca da mulher”, folheto de Cuica de Santo Amaro, adaptado por João Augusto; e “O matuto com o balaio de maxixi”, folheto de José Pacheco, adaptado por Antônio do Amaral. A direção foi de José Amaral e os figurinos de Francisco Carlos. O elenco composto dos atores: Antonio do Amaral, Cicero Alberto, Francisco Carlos, José Amaral, Lindolfo Amaral, Maria da Dores, Maurelina, Pierre Feitosa e Virgínia Lúcia.
O grupo nunca teve patrocinador para manter as suas atividades cotidianas. Até 2015 vinha conquistando editais públicos para montagem e circulação de espetáculos. Com a mudança na esfera federal, as políticas públicas para a área da cultura foram drasticamente afetadas, e os editais deixaram de existir.
O Imbuaça passou a ser um centro de formação de atores, realizando cursos e oficinas anualmente, em sua sede localizada na Rua Muribeca, 4 – bairro Santo Antonio. Centenas de jovens estudantes, professores e pesquisadores já estiveram por lá, desfrutando das atividades gratuitamente. Num entanto, não conta com nenhum apoio para essas ações que são importantes para a comunidade, pois quanto mais arte, menos violência na sociedade.
O grupo é formado pelos atores Carlos Wilker, Iradilson Bispo, Jonathan Rodrigues, Lidhiane Lima, Lindolfo Amaral, Manoel Cerqueira, Priscila Caprice, Rosi Moura, Sandy Soares e Talita Carlixto. Na cenotécnica Rogers Nascimento e na operação do som Cristiano Andrade (Negão).