Elber acompanha famílias de pacientes da Diabetes tipo 1 em reunião na Defensoria

por Anna Paula Aquino- Assessoria de Imprensa do Parlamentar — publicado 23/04/2024 11h44, última modificação 04/11/2024 17h20
Elber acompanha famílias de pacientes da Diabetes tipo 1 em reunião na Defensoria

Foto: Assessoria Parlamentar

A Diabetes tipo 1 foi tema de uma reunião na última sexta-feira, 19, na Defensoria Pública do Estado de Sergipe, com o vereador Elber Batalha (PSB) e pais de pacientes. Com a pauta, o Instituto Diabetes Brasil falou sobre essa doença que acomete crianças e adolescentes, mas que ainda é uma questão para a ciência, pois precisa de mobilização em todos os âmbitos para uma maior conscientização da população.

 

Essa Diabetes não surge por condições hereditárias ou sedentarismo, mas  como um tipo autoimune, chamado de Diabetes infantil ou juvenil. Segundo dados e informações do instituto e apresentados no encontro, atualmente, ela é desencadeada por motivos que a ciência ainda não comprova, mas que tem como principal hipótese o desenvolvimento de uma virose que o corpo ao invés de combater, desenvolve as células do pâncreas.

 

O coordenador do Instituto Diabetes Brasil, José Cândido Rocha, explicou aos defensores presentes a realidade de quem convive com a doença e pediu ajuda para casos mais complexos que precisam de ações na justiça para uma melhor assistência ou até medicações mais básicas. “A criança deixa de produzir insulina e depende 100% de insulina externa de um dia para o outro. No mês, eles podem chegar a receber cerca de 250 picadas de agulha com a medicação. A criança ainda corre o risco de desenvolver hipoglicemia, por isso que precisa de tratamento forte para manter a questão vital”, explicou lembrando que a falta de cuidados pode resultar em cegueira, problemas renais, cardíacos, cetoacidose diabética ou até a morte.

 

Como sugestão, José Cândido detalhou sobre o Sensor de Glicose , que custa cerca de R$ 300 e tem a duração de 14 dias, mas que muitas vezes custa caro para famílias que não têm condições de manter as quantidades necessárias. “Os municípios têm a sua obrigação, assumir a sua responsabilidade com sensor que detecta e avisa o tempo alvo da sua glicemia. Ele consegue evitar casos mais complicados e até internação. Com o sensor, novos objetivos podem ser tratados pela equipe médica. Isso é urgente e a comunidade clama por esse tratamento”, confirmou, lembrando a perda recente da garota Rafa de 14 anos, da cidade de Paripiranga, com cetoacidose diabética, por falta de tratamento e atendimento adequado.

 

Bianca Machado é mãe de duas adolescentes com Diabetes tipo 1, Catarina de 16 anos e Giovana de 13. Para ela, foram anos sem dormir até encontrar o tratamento adequado. “Eu só consegui ter paz quando elas começaram a usar a bomba. Agora, é tudo pensado pelo médico e programado com a dosagem necessária com bomba ligada à glicose que alarma no sistema do celular”, contou.

  

Vinicius Oliveira convive, desde criança, com a diabetes e tem na rotina a sua bolsa para medir as taxas, além das canetas para controlar em caso de emergência. “Para mim, é tudo da mesma forma e sei o que estou sentindo, mas para uma criança no começo da doença, não. É muito difícil e preocupante pensar em quem precisa de ajuda para o tratamento”.

 

Já por dentro do tema e com as assinaturas para a criação da Frente Parlamentar em Defesa da Diabetes tipo 1, como já existe na Câmara Federal, o vereador Elber ressaltou a necessidade da força na busca pela pauta em outros meios. “É necessário mudar a cultura política da gestão e mudar também o raciocínio do Tribunal de Justiça sobre essa causa. Os juízes têm sido , em sua grande maioria, frios, de maneira exacerbada, ao entender que isso se trata de um medicamento. E achar que precisa ser custeado pelo plano de saúde quando paciente está internado. Porém,  isso é um equipamento indispensável à vida das pessoas”, declarou.

 

Na oportunidade, o subdefensor público geral, Jesus Jairo Almeida, recebeu todos para ouvir e pontuou a importância de relatórios médicos para que as medidas possam ser tomadas pelo órgão. “Podemos ajudar judicializando o que é preciso, mas necessitamos também de relatórios completos e mais preparados. O que podemos fazer é também  conversar com médicos  para orientar e facilitar esses dados na hora de entrar com alguma ação. Muitas vezes, os processos são prejudicados ou negados por isso”, afirmou no final da ocasião.