Eduardo Lima se mostra contrário ao bloqueio hormonal em crianças para mudança de sexo

por Leonardo Teles — publicado 28/10/2024 07h00, última modificação 04/11/2024 17h19
“Não é uma imposição religiosa, é uma posição como cidadão”, afirmou o vereador
O vereador Eduardo Lima (Republicanos) reiterou na manhã dessa terça-feira, dia 27, na Câmara Municipal de Aracaju (CMA), que é contrário ao bloqueio hormonal realizado no Hospital das Clínicas (HC) de São Paulo, vinculado à Universidade de São Paulo (USP), em crianças e adolescentes para mudança de sexo.
Durante a Sessão, na CMA, a vereadora Sônia Meire (PSOL) levou a advogada Dra. Alessandra Farias Tavares, do  movimento “Mães Pela Diversidade”, que discursou a favor das mães de filhos homossexuais e trans. 
De maneira democrática, o parlamentar seguiu defendendo seu posicionamento contrário.
“O código eleitoral brasileiro diz que um adolescente só pode votar a partir dos 16 anos. O Código penal diz que a responsabilidade penal só pode ser aplicada após os 18 anos. Como uma criança de quatro a 12 anos pode ser submetida a fazer bloqueio hormonal? Se os pais estão decidindo por ela,  isso está correto?! Jamais vou abaixar minha cabeça para algo que eu acredito. Isso não é uma imposição religiosa, é a posição de um cidadão”, disse Eduardo Lima.  
Eduardo Lima apresentou uma reportagem do Portal de Notícias da Globo, o G1, que mostrava o tratamento em criança com consentimento dos pais para fazer o bloqueio hormonal. 
Ainda segundo a reportagem, a cirurgia de mudança de sexo só é permitida em adultos acima de 18 anos. Até lá, a hormonização para sexo oposto de forma injetável só deve ocorrer após os 16 anos, segundo recomendações do Conselho Federal de Medicina (CFM). No entanto, no Hospital das Clínicas, segundo o site G1, crianças podem receber, por meio injetável, os bloqueadores de puberdade, que são usados para que não desenvolvam características do sexo biológico. No caso das meninas, o procedimento pode impedir o crescimento dos seios e impede a menstruação. No caso dos meninos, os pelos faciais são impedidos de nascer e o engrossamento da voz não ocorre.
“Não sou eu que estou dizendo, é a matéria do G1. Na minha opinião, como cidadão, e a democracia me dá o direito de opinar de ter uma posição contrária, e não estou sendo transfóbico ou homofóbico, estou falando de algo que acredito: uma criança não tem o poder de escolha para decidir se quer ser homem ou mulher, e eu não vou baixar minha cabeça para uma ou outra pessoa dizer que estou errado”, disse o parlamentar.