Diálogo e diversidade contra os muros de ódio: ensinamentos da Audiência realizada por Professora Ângela Melo

por Paulo Victor, Assessoria de Imprensa do parlamentar — publicado 09/04/2021 11h48, última modificação 09/04/2021 11h48
Diálogo e diversidade contra os muros de ódio: ensinamentos da Audiência realizada por Professora Ângela Melo

Foto: Assessoria de Imprensa

Lideranças de diferentes denominações religiosas, integrantes de movimentos sociais e parlamentares se encontraram virtualmente na Audiência Pública “Fraternidade e Diálogo: compromisso de amor”, promovida pela vereadora Professora Ângela Melo (PT), na manhã desta sexta-feira, 09/04.

Em alusão à Campanha da Fraternidade Ecumênica 2021, a Audiência Pública promoveu uma reflexão coletiva sobre a necessidade de superação das violências que caracterizam a conjuntura atual no Brasil e no mundo.

“Deus está onde as pessoas estão reunidas. A centralidade de Deus no templo não existe”. Com essas palavras, a pastora Romi Bencke se posicionou sobre a situação da covid-19 no Brasil e a possibilidade de abertura de templos religiosos durante a pandemia. “Nós, enquanto tradições religiosas, deveríamos estar focando no direito de todas as pessoas terem acesso à vacina”, ressaltou.

Romi, que é secretária-geral do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil, denunciou ainda que “no mesmo momento em que se ficou debatendo a abertura ou não de templos religiosos, o Congresso votou a favor da possibilidade do setor privado comprar vacinas. E aí tivemos mais um muro construído entre nós, o muro de quem vive e o de quem morre”.

Pastor titular da Igreja Batista Alvorada em Aracaju, o pastor Lázaro Sodré foi enfático ao afirmar que “o amor não é uma teoria, não é um sentimento. É uma prática que derruba muros e nos leva em direção ao outro”.

Nesta perspectiva, Lázaro lembrou que o evangelho é uma ação de serviço e não de violência ou dominação. “Cristãos não carregam armas, não carregam pedras, devem carregar bacias e toalhas para servir e ajudar quem está caído pelo caminho”, disse.

O pastor batista defendeu, neste sentido, que “a diversidade e a pluralidade sejam a marca respeitada dos povos” e frisou que “nosso Deus não tem problema com a diversidade. Quem tem problema são os que se utilizam do nome de Deus para promover projetos pessoais”.

Ao fazer um histórico dos temas da Campanha da Fraternidade, o arcebispo da Arquidiocese de Aracaju, Dom João José Costa, sublinhou a importância da união nas diferenças. "Queremos trocar impressões sobre os mais recentes acontecimentos que têm ocorrido ao nosso redor, como essa pandemia que tem ceifado tantas vidas, mas que tem aumentado a nossa fé em Cristo. E é por isso que essa Campanha Ecumênica é tão importante. Ela é importante para nos lembrar que somos diferentes, mas formamos um só corpo”, destacou.

Também presente à Audiência, o padre Adriano Andrade disse que “o texto da Campanha da Fraternidade nos convida a superar toda polarização e violência, nos apresenta Jesus como fonte de diálogo e denuncia o preconceito, a violência contra a mulher, contra os que pensam diferente e contra a natureza”.

Presenças

Lideranças religiosas: Dom João José Costa, Pastora Romi Bencke, Pastor Lázaro Sodré, Padre Adriano Andrade, Padre Givanildo Paes Santos.

Vereadores/as de Aracaju: Linda Brasil, Emília Correa, Fabio Meireles, Sheyla Galba, Paquito de Todos, Anderson de Tuca, Vinicius Porto, Ricardo Vasconcelos e Cícero do Santa Maria.

Demais parlamentares/ex-parlamentares: deputado estadual Iran Barbosa e ex-deputada estadual Ana Lúcia.

Integrantes de movimentos sociais e sindicais: Arlete Costa (SINTESE e CUT), Ana Rita (CEBs e CEBI), Alex Federle (CDJBC/MNDH), Claudia Oliveira (Coletivo Paulo Freire), Bernadete Pinheiro (Coletivo Paulo Freire), Joilda Aquino (FDCA), Magal (Pastoral Carcerária), Carlos Nunes (Pastoral da Juventude), Sandra Beiju (Coletivo Docente de Aracaju), professoras Custódia Maria, Sandra Bonfim e artista André Lucas.