Dia Nacional da Capoeira e do Capoeirista é lembrado em Sessão Especial na Câmara

por Acácia Merici, Assessora de Imprensa do parlamentar — publicado 06/08/2018 16h20, última modificação 06/08/2018 17h52
Dia Nacional da Capoeira e do Capoeirista é lembrado em Sessão Especial na Câmara

Foto: Gilton Rosas

Na manhã desta segunda-feira, 6, a Câmara Municipal de Aracaju (CMA) realizou uma Sessão Especial pelo Dia Nacional da Capoeira e do Capoeirista, com a presença de mestres, professores e capoeiristas de diversas gerações. A iniciativa é resultado do requerimento 67/2018 de autoria do vereador Professor Bittencourt (PCdoB), aprovado por unanimidade no Legislativo Municipal. 

"A capoeira é um importante instrumento de educação, arte, esporte e cidadania. É uma das mais expressivas ações culturais afro-brasileiras. Ela faz parte de todo um conjunto de referências do povo negro vindo da África e escravizado no Brasil. Com o passar dos anos, a capoeira transformou-se em um forte instrumento de luta e resistência, contribuindo para a formação do nosso povo", afirmou Bittencourt. 

De acordo com o líder do prefeito na Câmara, a capoeira e os capoeiristas têm papel fundamental na educação de crianças e jovens, sendo agentes transformadores de cidadãos dignos, justos e vencedores. "A capoeira é um importante veículo cultural de divulgação da língua portuguesa. Como esporte, ela é instrumento de inclusão social, congrega jovens da periferia, resgata pessoas que estão em vulnerabilidade. É uma alternativa para que a juventude seja cada vez mais comprometida e ciente do seu papel cidadão. É preciso que as Políticas Públicas estejam cada vez mais ativas para que o fortalecimento exista", destacou Bittencourt.

A capoeira foi reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro em julho de 2008 (por iniciativa do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - Iphan). Já em 2014, a Roda de Capoeira foi considerada Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade.

Para Mestre Robson, presidente do Grupo de Capoeira Mangangá e membro do Conselho de Mestres, a oportunidade de debater esta arte na Câmara foi especial. "Precisamos sempre falar sobre a capoeira e o trabalho dos capoeiristas. A capoeira está no nosso sangue e faz parte da nossa história. Precisamos de ações concretas e contínuas para valorizar o profissional e fortalecer suas ações com crianças e jovens, especialmente em locais periféricos e discriminados da sociedade", pontuou.

Na opinião de Mestre Elias, presidente do Conselho de Mestres de Capoeira do Estado de Sergipe, "esta foi uma excelente iniciativa para falarmos da importância histórica desse patrimônio e destacarmos a grandiosidade do trabalho de todos os professores e mestres capoeiristas. A capoeira, a partir de 2008, tomou uma nova formatação com o surgimento de novos grupos e entidades em todos os estados, diante do que o Iphan evidencia. Em Sergipe não foi diferente. Estamos cada vez mais em crescimento. Os mestres e professores são heróis que, em tempos tão difíceis, amparam crianças e jovens que tanto precisam de um apoio e uma base. É através do esporte que é possível afastar nossa juventude das drogas e da marginalidade". 

Além de capoeiristas, mestres, estudantes e entusiastas desse esporte, a Sessão Especial foi prestigiada pelo vereador Américo de Deus (Rede), pelo Doutor Luiz Carlos (Mestre Lucas), pelo professor do grupo Capoeira Brasil, Rafael Bittencourt (Jeguinho), representantes das Secretarias Municipais de Educação, Esporte e Cultura, que ouviram demandas dos membros de entidades.