Dia da Síndrome de Down é tema de Sessão Especial

por Sheyla Morales, Assessoria de Imprensa do parlamentar — publicado 20/03/2017 17h15, última modificação 13/11/2017 14h06
Dia da Síndrome de Down é tema de Sessão Especial

César de Oliveira

O Dia Internacional da Síndrome de Down é comemorado no dia 21 de março e para mostrar a sociedade que a Síndrome não é uma doença, mas, sim, uma alteração genética foi realizada na manhã de hoje, 20, no plenário da Câmara Municipal de Aracaju (CMA), uma Sessão Especial em comemoração a essa data. Além do vereador Lucas Aribé (PSB), autor do Requerimento da Sessão, nº 02/2017, estavam presentes os vereadores Américo de Deus (REDE) e Iran Barbosa (PT).

 

Para explanar sobre o tema “Família: Saberes, Vivências, Habilidades, Desafios e Possibilidades” foram convidados: a procuradora do Estado de Sergipe, Rita de Cássia Matheus dos Santos Silva; a associada da Associação Sergipana do Cidadão com Síndrome de Down (Cidown), Aline França; a associada da Cidown, Sheila Christine Santos Fernandes Souza; o presidente da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Aracaju (Apae), Max Santos Guimarães e a promotora de Justiça do Ministério Público do Estado de Sergipe, Ana Galgane Paes.   

“Síndrome de Down não é doença, ela é uma característica genética que algumas pessoas possuem. Eu já disse em outras oportunidades que se eu voltasse no tempo, no momento do parto de Heitor, quando eu soube que ele tinha a Síndrome, e Deus parasse no tempo e me perguntasse se eu queria Heitor com ou sem a Síndrome eu escolheria ele do jeito que está. Eu amo meu filho do jeito que ele é hoje”, relatou a associada da Cidown, Sheila Christine Santos Fernandes Souza, sobre a vivência com seu filho que possui a Síndrome de Down.

Falou ao público também o presidente da Apae Aracaju, Max Santos Guimarães. Para Max faltam às pessoas com deficiência oportunidades para que desenvolvam suas habilidades. “O que falta é a habilidade ou a oportunidade? Temos que distinguir sobre isso. Cláudio Aleoni Arruda, por exemplo, hoje é cavaleiro e instrutor de Pônei. Temos também a primeira vereadora com Síndrome de Down, Angela Bachiller. Então, quando falamos de habilidades temos de falar sobre as oportunidades que são dadas a estas pessoas com Síndrome de Down. Essas pessoas têm bastante habilidade para serem desenvolvidas. Mas, o que falta são as oportunidades a serem dadas”, frisou o presidente da Apae Aracaju, Max Santos Guimarães.

Também fez uso da Tribuna da Câmara Municipal de Aracaju a promotora de Justiça, Ana Galgane Paes, que tratou sobre as oportunidades, desafios e possibilidades à pessoa com Síndrome de Down.

“Devemos oferecer todas as possibilidades aos nossos filhos para que eles decidam o que querem ser. Que eles saibam se defender e saibam ainda definir o caminho da vida deles. Nossa busca é que eles tenham autonomia e independência”, expôs a promotora de Justiça.

Para ela a família possui papel fundamental na formação da criança com Síndrome de Down. “Família para mim é sinônimo de cuidado, amor e oportunidade. Se nós tratarmos nossos filhos com amor, com cuidado e com zelo, sem superproteger, ofertando oportunidades nossos filhos conquistarão autonomia e independência. O que nós queremos para nossos filhos? É autonomia e independência para que eles conquistem isso no futuro. Que eles sejam adultos que saibam cuidar de si próprios e da vida pessoal deles”, finalizou Ana Galgane Paes.

O vereador Lucas Aribé avaliou a Sessão Especial de forma positiva. E, em seu discurso, falou sobre os preconceitos que existem frente à pessoa com Síndrome de Down.

“Debatemos aqui o tema “Família: Saberes, Vivências, Habilidades, Desafios e Possibilidades”, trazendo à reflexão da importância da família na integração social do filho Down e da sociedade na criação de espaço de socialização, aprendizagem e trabalho, onde todos possam se expressar e interagir com autonomia. A intenção da Sessão Especial foi de chamar a atenção, especialmente, da população pouco informada sobre as capacidades das pessoas com a Síndrome de Down. Tratamos também sobre o preconceito que sofrem essas crianças devido à falta de conhecimento das pessoas”, pontuou o vereador Lucas Aribé.