"Depoimentos à CPI da Saúde não convencem", ressalta Emília
“É preciso investigar!” A afirmação é vereadora, Emília Corrêa (Patriota) ao ser questionada, logo após a sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde que contou com o depoimento do diretor presidente da Fundação Beneficente Hospital de Cirurgia (FBHC), Milton Santana, e o diretor financeiro da instituição, Milton Eduardo Santana, nessa segunda-feira(10).
“Não convenceu. Vamos precisar de mais informações porque as respostas foram vagas e nada esclareceram. Não houve apresentação de números, de dados concretos. Isso é um indicativo de que, de fato, existe alguma coisa. Daí a necessidade de se investigar”, falou.
No entendimento de Emília Corrêa, a CPI da Saúde está atuando como uma comissão de investigação, diferente de outra CPI que instalada na Casa. “A CPI da Saúde está, verdadeiramente, focada em revelar como foram aplicados os recursos destinados ao hospital e buscam a verdade sobre as suspeitas de irregularidade encontradas nas documentações.
Já a CPI do Lixo, limita a investigação, cassa a palavra de um vereador, não permite que duas das principais fontes desse trabalho, falem abertamente sobre as investigação feitas pela Departamento de Crimes Contra a Ordem Tributária e Administração Pública que revelou, na operação Babel, toda a sujeirada dos contratos firmados entre a prefeitura de Aracaju e as empresas Torre e Cavo, entre os anos de 2010 e 2017”, falou Emília se referindo a oitiva do delegado Gabriel Ribeiro e da delegada Danielle Garcia que aconteceu no dia 5 de junho na CMA.
Questionada sobre a possibilidade de uma intervenção na direção do Hospital de Cirurgia, a pré-candidata ao Senado, revela preocupação. “É preciso de pensar numa intervenção sem esquecer do lado mais fraco. Tudo resvala nos enfermos e suas famílias. Numa possível intervenção, é fundamental resguardar direitos dessas pessoas. Precisamos ter a responsabilidade e o cuidado para não piorar ainda mais a saúde das pessoas”, contou.
Por fim, Emília Corrêa ressalta que a situação vexatória do Hospital de Cirurgia, com casos de uso político da instituição e falta de transparência no gerenciamento de recurso, é um resgate que deveria ter sido feito há muitos anos. “Os ex-dirigentes e gestores precisam explicar o que aconteceu com as contas do Hospital de Cirurgia. Se for constatado algo errado, essas pessoas devem responder administrativamente e até, se for o caso, judicialmente, até porque cada um é responsável por seus atos. O que não podemos é perder de vista o assistido. Quantas famílias tiveram sua saúde prejudicada e outras chegando até a morte por causa dessas paralisações de serviços justificadas pela falta de recursos? Essas pessoas têm direito à saúde”, finalizou.