Decretos que flexibilizam distanciamento desconsideram realidade da pandemia em Aracaju, diz Ângela Melo

por Paulo Victor, Assessoria de Imprensa da parlamentar — publicado 28/10/2024 07h00, última modificação 28/10/2024 15h45
Decretos que flexibilizam distanciamento desconsideram realidade da pandemia em Aracaju, diz Ângela Melo

Foto: Assessoria de Imprensa

Na Sessão da Câmara Municipal de Aracaju desta terça-feira, 6, a vereadora Professora Ângela Melo (PT) criticou os decretos da Prefeitura de Aracaju e do Governo do Estado que flexibilizam as medidas de distanciamento social.

Apresentando um vídeo que registrou pessoas aglomeradas e sem máscaras na Orla da Atalaia no último domingo, Ângela ressaltou que “esse foi o primeiro final de semana após os novos decretos do Governo e da Prefeitura e uma das medidas foi justamente que bares e restaurantes não teriam mais restrição de horário entre domingo e quarta”.

Mencionando o Boletim Epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde, a parlamentar demonstrou preocupação com o aumento dos óbitos. “Apenas este final de semana foram 24 vidas perdidas pela covid-19 em Sergipe, seis a mais que o final de semana anterior. Ou seja, bastou flexibilizar quase que completamente as medidas que os números de mortes voltaram a crescer”, lamentou. 

Também durante a sessão, Professora Ângela Melo externou sua preocupação com o retorno presencial às aulas, autorizado pelos dois decretos para acontecer no dia 21 deste mês (rede particular) e em 17 de agosto (rede pública). 

“Um estudo recente da UFS aponta que a pandemia aqui em Sergipe deve começar a estabilizar apenas em dezembro deste ano, isso se a vacinação for acelerada e se as medidas de distanciamento forem reforçadas, e não fragilizadas, que é o que está acontecendo”, frisou. 

Outro fato lembrado pela vereadora foi que, até o momento, apenas 11% da população de Sergipe está imunizada.

“É maravilhoso vermos a vacina chegando para mais pessoas e é maravilhoso que a ocupação de leitos de UTI esteja reduzindo. Mas o controle da pandemia não se dá apenas por isso. Não temos nem 20% da população com as duas doses da vacina, não temos segurança sanitária nas escolas e temos novas variantes circulando pelo país”, enfatizou Ângela, ao solicitar que Prefeitura e Governo revejam os decretos.