"CPI do lixo: colocaram mordaça nos vereadores", afirma Emília Corrêa

por Andrea Lima, Assessoria de Imprensa da parlamentar — publicado 06/06/2018 09h55, última modificação 06/06/2018 11h59
"CPI do lixo: colocaram mordaça nos vereadores", afirma Emília Corrêa

Foto: Heribaldo Martins

A vereadora Emília Corrêa (Patriota) arguiu os membros da Comissão Parlamentar de Inquérito sobre a proibição dos vereadores questionarem ao delegado Gabriel Ribeiro e à delegada Danielle Garcia, durante as oitivas que acontecerem no plenário da Câmara Municipal de Aracaju (CMA), na tarde de terça-feira, 5. Ex-integrantes do Departamento de Investigação contra a Ordem Tributária (Deotap), os delegados comandaram as investigações no caso dos contratos de limpeza urbana na cidade de Aracaju nos anos de 2010 a 2016, entre a Prefeitura de Aracaju e as empresas Cavo e Torre, foco da investigação da CPI do Lixo.  “Caçar o direito de voz de um vereador desta casa é muito conveniente, me parece um comportamento de quem teme algo. O intuito da CPI não é elucidar os fatos? O que o teriam a esconder?”, alegou.

A patriota inquiriu o presidente da Comissão, vereador Vinícius Porto (DEM), com base na Constituição, na Lei Orgânica do município de Aracaju e no Regimento Interno da CMA que, no entendimento da parlamentar, garante direito à voz. “As nossas perguntas seriam de contribuição com a elucidação, com as dúvidas, e não nos permitiram. Colocaram mordaça nos vereadores”, afirmou.

Emília Corrêa reconhece a Comissão Parlamentar de Inquérito, mas argumenta que o vereador é um representante natural do povo e afirma que não ter direito de voto é um desrespeito. “A Comissão é que estabelece o direito de voz; quando caçam essa prerrogativa de um colega de Legislativo, demonstram receio, temor. Veja o desrespeito, a antidemocracia de um vereador que se diz democrata e que, imbuído de uma função de presidente, tem um entendimento do que quer, em cima do que não existe”, finalizou.