Consórcio Conectar: "150 dias se passaram e nenhuma dose da vacina chegou em Aracaju", lembra Ricardo Marques
Depois de passarem 150 dias da aprovação do Projeto de Lei nº 33/2021, que autorizou a inclusão do município de Aracaju no Consórcio Conecta, com o objetivo de comprar vacinas contra a Covid-19, de autoria do Poder Executivo Municipal de Aracaju, o vereador Ricardo Marques (Cidadania) pergunta sobre a eficiência desse consórcio e a chegada de doses.
O Conectar é o Consórcio Nacional de Vacina das Cidades Brasileiras, formado por municípios que têm a intenção de adquirir vacinas, equipamentos e insumos para o combate à Covid. "O prefeito enviou o projeto para a Câmara em março, em caráter de urgência, como sempre, e foi aprovado pelos vereadores, com meu voto, inclusive. Mas, infelizmente, se passaram 150 dias da aprovação e até agora nenhuma vacina chegou", observa o vereador.
A dúvida que ficou na cabeça do parlamentar é se realmente há a necessidade de a prefeitura de Aracaju continuar fazendo parte desse consórcio. "A cidade de Aracaju já está vacinando pessoas acima de 25 anos de idade. Estamos com mais de 50% da população vacinada com a 1º dose e com uma taxa de ocupação de 16% dos leitos de enfermaria municipais. Houve uma redução drástica no número de óbitos. Será que realmente há a necessidade de continuar fazendo parte desse consórcio? Já que sequer tem uma previsão para a compra de novas vacinas" indaga Ricardo.
"Eu faço esse questionamento porque no pior momento que enfrentamos da pandemia não chegaram doses através do Consórcio Conecta, apenas do Governo Federal. Foi feita tanta divulgação e propaganda na época por parte da gestão municipal sobre o consórcio e, simplesmente, não se fala mais nada do assunto. 150 dias se passaram e nada aconteceu", lembra o parlamentar.
Ricardo Marques diz ainda que está oficiando os responsáveis para obter mais informações sobre o que foi definido até o momento. "Eu quero saber o quê de concreto a prefeitura tem até agora, se houve algum custo para participar desse consórcio, quanto será pago pela consultoria, se for o caso. E se realmente há necessidade de permanecer, se há alguma vantagem nisso".