'Comissão da Verdade e os documentos sobre a Ditadura Militar em Sergipe' é tema de Audiência Pública na Câmara

por Acácia Mérici, Assessoria de Imprensa do parlamentar — publicado 05/06/2018 08h40, última modificação 05/06/2018 12h28
'Comissão da Verdade e os documentos sobre a Ditadura Militar em Sergipe' é tema de Audiência Pública na Câmara

Foto: Gilton Rosas

A Câmara Municipal de Aracaju (CMA) realizará nessa quarta-feira, 6, às 14 horas, a Audiência Pública "Comissão da Verdade e os documentos sobre a Ditadura Militar em Sergipe". O evento é fruto da propositura do vereador Professor Bittencourt (PCdoB), e contará com a participação de Gilson Sérgio Matos, Elito Vasconcelos e Andréia Dipieri, membros da Comissão Estadual da Verdade.

“A Comissão foi instalada em 2015 e possui cerca de quatro terabytes de documentos levantados no período da ditadura militar no Brasil e em Sergipe. Ela tem como finalidade elucidar as graves violações aos Direitos Humanos ocorridas envolvendo sergipanos de 1946 a 1988, para garantir o direito à memória e à verdade histórica. Todos os trabalhos da Comissão, os depoimentos dos ex-presos políticos e de familiares contribuem para o fortalecimento do Estado Democrático de Direito, sendo um complemento ao Relatório Final da Comissão Nacional da Verdade", afirmou Bittencourt.

Na opinião do parlamentar, a Audiência Pública "Comissão da Verdade e os documentos sobre a Ditadura Militar em Sergipe" será um momento de amplo conhecimento histórico e de profunda reflexão sobre uma época em que a repressão calejava e prejudicava o sonho de diversos trabalhadores que queriam construir um Brasil mais justo e que sofreram todas as formas de violência e tortura durante meses, enquanto estavam presos.

"Um desses trabalhadores foi meu pai, Antônio Bittencourt. Hoje ele tem 93 anos e talvez seja um dos poucos que ainda estão vivos dentre os que foram presos em 1952. A Comissão da Verdade recebe e coleta informações, testemunhos e documentos para esclarecer sobre tudo que aconteceu no passado, especialmente sobre as violações de Direitos Humanos daquela época tão cruel e comprometeu bastante o nosso país”, afirmou Bittencourt.