CMA realiza Sessão Especial sobre Dia do Folclore
Na manhã desta segunda-feira, 21, aconteceu no Plenário da Câmara Municipal de Aracaju (CMA) uma Sessão Especial com o tema “Dia do Folclore, a preservação do patrimônio cultural” em homenagem ao Dia do Folclore, comemorado no dia 22 de agosto. A sessão foi de autoria do vereador Américo de Deus (REDE) e contou com a presença de diversos grupos populares do município.
De acordo com o parlamentar, Américo de Deus, é preciso valorizar e manter o folclore para ele não morrer. “Um país sem cultura é um país sem identidade. É essencial que a cultura e o folclore sejam mais valorizados e que tenham mais investimentos para esta área”, ressaltou.
O presidente da Fundação Cultural de Aracaju (Funcaju), Silvio Santos, parabenizou o vereador Américo de Deus e a CMA pela iniciativa de trazer uma homenagem ao Dia do Folclore. “Isso é mais do que uma homenagem ao Dia do Folclore, é uma valorização das pessoas que resgatam a cultura popular. Sergipe é um dos estados mais ricos de cultura popular. Além da diversidade da cultura popular, os sergipanos e comunidades tem um grande esforço para manter esta cultura viva. E essa iniciativa da CMA segue neste mesmo caminho. Nós da Funcaju estamos estreando amanhã o Festival de Brincantes, que terá palestras com acadêmicos, apresentação de vários grupos e aproveito para convidar a todos para o evento”, destacou o presidente da Funcaju.
O professor e cordelista Chiquinho do Além Mar, fala sobre a preservação do cordel nas escolas. “Nosso trabalho é focado em literatura de cordel. É muito difícil colocar a literatura de cordel no patamar que ela merece. Gostaria de parabenizar o vereador Américo por essa sessão e também pelo projeto que tramita nesta casa para abordar essa temática da literatura de cordel na sala de aula. Meu desejo é que todos os alunos da rede pública pudessem estudar com meus textos, e meu livro ‘As histórias de Sergipe contadas em versos’ já está em muitas escolas públicas do Estado. Trouxe hoje um verso sobre Américo de Deus para homenageá-lo pelo seu trabalho em defesa da cultura popular”, informou.
Para a mestre em Cultura e Sociedade da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Janaína Teixeira, é preciso que o conhecimento da cultura popular seja passado de geração em geração para se manter vivo. A mestre em Cultura agradece o convite pela oportunidade de falar da história do folclore e fala um pouco sobre a história da cultura popular em vários países, mostrando os ideais, costumes, as linguagens e as expressões das culturas populares. “Também quero destacar a importância do sergipano João Ribeiro para definir o conceito de folclore no Brasil”, afirmou.
Segundo o marcador do grupo Peneirou Xerém, José Elói Filho, há a necessidade de melhorar a preservação dos grupos culturais de Sergipe. “A dança e a cultura proporcionam melhoria da qualidade de vida, pois reduz o estresse, a ansiedade, a depressão e tira muitas pessoas da ociosidade. Os artistas como um todo precisam ser mais valorizados pela população e pelos órgãos públicos”. Já o Doutor em Ciências Sociais da UFBA, Luiz Américo Bonfim, falou durante a sessão sobre a história e os acontecimentos que envolvem o nascimento do folclore e da arte popular. “É no folclore que está a essência de um povo. E investir em cultura é investir no fortalecimento da identidade local”.
O vereador Américo de Deus criou um PL, aprovado por todos os vereadores, que determina que a música “Sergipe o meu lugar”, de autoria de Luiz Fontinelli, se torne patrimônio cultural de Aracaju. Para o cantor e compositor, Luiz Fontinelli, é uma honra poder agradecer pessoalmente a aprovação deste projeto. Já o ex-vereador de Aracaju e diretor do Instituto Banese, Chico Buchinho, destaca a importância do folclore para a cultura do Estado afirmando que o Governo do Estado, em parceria com o Banese, busca valorizar a cultura e o folclore e cria o Largo da Gente Sergipana, em frente ao Museu da Gente Sergipana.
A vereadora Kitty Lima (REDE) elogia a iniciativa de Américo e destaca que a cultura de um povo é seu maior patrimônio e preservá-la é proteger a história. “Chega de valorizar o que é de fora, precisamos valorizar o que é nosso”, finalizou.