CMA promove audiência pública para debater a Mobilidade Urbana em Aracaju
De autoria da Comissão de Obras, Serviços Públicos, Tecnologia, Segurança, Administração, Transportes e Comércio, a Câmara Municipal de Aracaju (CMA) promoveu na manhã desta sexta-feira, 26, audiência pública com o tema “Mobilidade Urbana e os diversos modais de transporte”. O objetivo foi avançar na discussão de como melhorar a mobilidade urbana na capital sergipana.
O presidente da Comissão, Breno Garibalde (União Brasil), ressaltou a necessidade desse debate para melhorias da mobilidade urbana de Aracaju. "Precisamos debater pautas de mobilidade e buscar soluções para que sejam bem executadas. Debater as dificuldades que enfrentamos, não podemos ficar na falação e pouca ação", salientou o vereador.
Gustavo Fontes, advogado das Cooperativas de Táxi Lotação, apontou a importância da categoria para capital aracajuana e para Grande Aracaju. "Um serviço fundamental para o aracajuano e para o sergipano, mas alguns problemas têm afetado e ameaçado o bom funcionamento dessas cooperativas. É muito importante destacar que essas cooperativas trazem sustento para dezenas de famílias e faz o transporte eficiente dos sergipanos diariamente", disse o advogado.
O presidente do Sindicato dos Táxistas (Sintax), João Batista, cobrou uma posição da Prefeitura de Aracaju em relação à legalização ou proibição dos carros particulares em Aracaju. "Necessitamos que o prefeito de Aracaju tome uma posição a respeito. Todo mundo quer fazer transporte. Ou proíbe ou legaliza, porque, aparentemente, a população está utilizando os carros particulares não legalmente. É necessário um acordo entre ambos, já que a população necessita , e os ônibus não cumprem as necessidades e demandas da população", evidenciou João Batista.
Na oportunidade, o secretário do Sindicato dos Mototaxistas, Motofrete e Motoentrega do Município de Aracaju (Simetrafre), Marcos Antônio, enfatizou o papel da categoria durante a pandemia da covid 19. "Nosso trabalho é essencial para a população aracajuana. Não há regularização da categoria. Quando surgiu a pandemia, quando todos estavam em suas casas, nós estávamos trabalhando para levar o essencial até vocês", disse.
Waldson Costa, membro do Movimento Ciclo Urbano, destacou a necessidade da 'mobilidade humana'. "O foco é a mobilidade voltada para as pessoas que caminham e pedalam nas ruas. É a humanização do trânsito, não apenas ciclovias. É necessário a união de forças: movimentos sociais, classe trabalhadora e do poder público. É possível melhorar a mobilidade em Aracaju, mas é necessário um planejamento. Escutem mais as universidades, as estruturas de ensinos, pois são receitas para que possam buscar caminhos para as coisas acontecerem", evidenciou Waldson.
Presente na audiência, o vereador e membro da Comissão de Obras, Serviços Públicos, Tecnologia, Segurança, Administração, Transportes e Comércio, Ricardo Marques (Cidadania), frisou a deficiência do transporte público em Aracaju. "Quando não temos um transporte coletivo de qualidade, todos sofrem. Essa desorganização acaba afetando a população. Precisamos discutir, debater, precisamos saber o resultado dessa audiência, não podemos ficar só na falação", ressaltou o vereador.
Renato Teles, superintendente Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT), explicou que a mobilidade urbana precisa de uma solução ampla e coletiva. "Precisamos do debate coletivo e do entendimento, não é fazer vista grossa. Precisamos do entendimento amplo do contexto que esses modais serão inseridos. É necessário entender o impacto individual de cada uma dessas questões e buscar uma solução coletiva. Um diálogo construtivo e entendendo o cenário global", concluiu o superintendente.