"Centro de Nefrologia de Sergipe: um circo contra o povo", relata Emília

por Andrea Lima, Assessoria de Imprensa do parlamentar — publicado 12/04/2018 16h05, última modificação 12/04/2018 16h53
"Centro de Nefrologia de Sergipe: um circo contra o povo", relata Emília

Foto: Gilton Rosas

“Minha mãe, que não está mais entre nós, passou por sessões de hemodiálise, foi submetida a um transplante de rim que teve como doador o meu irmão. É muito sofrimento. Só quem depende dessas máquinas para continuar vivo sabe da angústia e das incertezas”. 

Foi com esse relato pessoal que a vereadora Emília Corrêa (Patriota) falou sobre inauguração da obra inacabada Centro de Nefrologia do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), na sexta-feira, 6. “Aquele ato foi um escândalo, uma coisa mentirosa e armada. Um circo contra o povo e contra a saúde”, completou. 

Em um dia a estrutura apresentava a promessa de 16 máquinas de hemodiálise e uma enfermaria com 35 leitos e uma centelha de esperança de um tratamento digno aos pacientes. No dia seguinte, o desmonte do espaço foi denunciado pelo representante da Associação dos Renais Crônicos de Sergipe. “É uma falta de respeito com quem quer viver e depende de uma assistência do Estado. Usar a boa fé e a esperança de um renal crônico para fazer palanque, é humilhar o cidadão”, disse. 

O Huse é a única instituição da rede pública estadual com uma unidade de emergência para os pacientes renais. A inauguração fake chamou a atenção do Ministério Público Estadual. O atual governador Belivaldo Chagas, que assumiu o comando do Estado, com o afastamento de Jackson Barreto para disputar vaga no Senado, determinou que o centro esteja funcionando até o dia 20 deste mês e promoveu mudanças da direção da instituição de saúde. “Depender das máquinas é quase uma condenação de morte. Mentir, brincar com a esperança das pessoas, não é justo. O cidadão merece a verdade e não ser tratado como fantoche de circo armado em um ano eleitoral”, concluiu.