Campanha de combate ao abuso contra a mulher é tema do 1º discurso de Kitty Lima neste ano na CMA
Em seu primeiro discurso no Plenário da Câmara Municipal de Aracaju (CMA) neste ano, a vereadora Kitty Lima (Rede) utilizou o Pequeno Expediente para falar sobre uma ação promovida por ela durante os dias de carnaval na capital sergipana que teve como objetivo combater crimes moral e sexual cometidos, principalmente, contra as mulheres.
Durante os dias de festa do Rasgadinho, a vereadora realizou a entrega de informativos sobre a campanha ‘Não É Não’, ocorrida tambem todo o país, que visa combater os assédios sofridos pela mulher. “A gente teve ações como essa em diversas cidades do Brasil, uma campanha bastante importante para valorização e respeito à mulher. Em Aracaju fiz questão de levar essa campanha às ruas durante o Rasgadinho. Abri mão de viajar durante o carnaval porque eu tenho consciência da importância dessa iniciativa para a conscientização de homens e mulheres quanto ao assunto. Eles precisam entender que quando a mulher diz ‘não’, é não e pronto. Já com elas meu trabalho foi mais de orientação quanto a quem e onde elas poderiam denunciar casos de abuso. A sociedade precisa ser educada para que essa violência seja erradicada”, explicou Kitty.
De acordo com a parlamentar, o empoderamento feminino é uma ferramenta transformadora que contribui fortemente para a mudança de comportamento de uma sociedade aonde ainda predomina o machismo.“Foi um momento de muita alegria porque eu percebia que elas estavam necessitando disso, um encorajamento. Às vezes o que falta para mudar um comportamento é um pequeno empurrãozinho, um estímulo que pode ser um verdadeiro divisor de águas, e poder levar informações sobre esse assunto a tantas mulheres me fez perceber que precisamos encorajá-las mais, mostrar seu valor e dizer que nós temos direito e força para lutar por eles”, disse.
Em consonância com seu discurso, Kitty apresentou aos vereadores dados alarmantes do Centro de Atendimento à Mulher acerca da violência sofrida por elas. Em 2016, aponta o levantamento, mais de um milhão de mulheres recorreram ao disque denúncia 180 para relatar casos de abusos, sejam eles psicológicos ou físicos.“Uma pesquisa feita com 2.285 mulheres com idades entre 14 e 24 anos revelou que 94% delas já foram assediadas verbalmente, e 70% sexualmente. São números que assustam e que reforçam a necessidade que temos de enfrentar esse problema com elaboração de políticas públicas para coibir esses crimes e também de atendimento e proteção às mulheres vítimas dessas violências”, finalizou Kitty.