Câmara debate Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência

por Maraisa Figueiredo, Assessoria de Imprensa do parlamentar — publicado 19/09/2017 10h00, última modificação 19/09/2017 13h03
Câmara debate Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência

César de Oliveira

Na manhã de segunda-feira, 18, foi realizada na Câmara Municipal de Aracaju (CMA) uma Sessão Especial em Homenagem ao Dia Nacional e Municipal de Luta da Pessoa com Deficiência na CMA, promovida pelo vereador Lucas Aribé (PSB), que faz parte da V Semana Aracaju Acessível. A Sessão Especial deste ano teve uma abordagem específica sobre as calçadas de Aracaju.

A Semana Aracaju Acessível é de iniciativa do vereador Lucas Aribé e tem objetivo principal de fazer de Aracaju uma cidade sem barreiras e gerar reflexão sobre o papel do pedestre na estruturação da cidade, destacando a necessidade de recuperação das calçadas e passeios públicos.

Fizeram parte da mesa Paulo Silva, representante da OAB/SE, Wellington dos Santos, professor de Braile da Escola Estadual Senador Leite Neto, Everton de Jesus, presidente do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência, o vereador Américo de Deus, Murilo Oliveira, representante da Secretaria Municipal de Assistência Social, Aline França, representante da Secretaria de Estado da Saúde, a estudante de psicologia, Gabrielle Ramos, Thaisa Aragão, coordenadora da Inclusão do município de Aracaju, Josevanda Farias, representante da Secretaria Estadual de Educação e Ana Galgane, Promotora de Justiça do Estado.

O vereador Lucas Aribé acredita que a Sessão Especial de hoje é uma importante ferramenta de debate sobre acessibilidade para que se consiga ter uma cidade sem barreiras. “A Lei 4.687/2017 de minha autoria cria o plano emergencial de recuperação de calçadas e passeios públicos de Aracaju, mas para que essa Lei possa ser executada, nós cidadãos e parlamentares devemos fiscalizar, cobrar e exigir o cumprimento dela e não há desculpa porque dinheiro tem. Temos a garantia de recursos para esse ano no orçamento da prefeitura de R$ 3 milhões”, destaca Lucas.

A estudante do 6º período de psicologia, Gabrielle Ramos, que fez parte da composição da mesa agradeceu a oportunidade de estar falando sobre as dificuldades das pessoas com deficiência. “Hoje eu não me sinto totalmente preparada para andar com a bengala nas calçadas de Aracaju por conta dos obstáculos e seus desníveis, apesar de ter tido aulas de orientação e mobilidade”, explica a estudante.

A promotora do Estado de Sergipe, Ana Galgane, explica que não existe no mundo uma legislação tão rica quanto à do Brasil em termos de garantia de direitos. “Na prática não vemos nada disso. Essa Sessão de hoje me parece uma injeção de ânimo para que a gente continue caminhando na luta, mas é importante que percebamos que precisamos passar por um processo de sensibilização da sociedade. As pessoas não vão se tocar nunca e entender que uma pessoa cega precisa de uma mão, de uma ajuda e de um auxílio”, apresenta a Promotora.

O supervisor administrativo da APABB em Sergipe, Divaldo Inácio dos Santos, que participou da Sessão Especial no plenário da Câmara enaltece a iniciativa do vereador Lucas Aribé em promover uma Sessão Especial tão produtiva. “Esse dia de hoje é um marco para o 21 de setembro, com a luta da pessoa com deficiência. Esse é um momento que exclamamos nosso grito de repudio e apoio a causa e a acessibilidade que é tanto debatida”, explana Divaldo.

O representante da OAB/SE, Paulo Silva, afirma que a Sessão Especial promovida pelo vereador Lucas Aribé foi superinteressante e reclama da ausência dos representantes do povo na Casa Legislativa. “Os políticos ainda não se conscientizaram da total responsabilidade que eles têm. Eles recebem verba pública e tinham que, no mínimo, respeitar a sociedade. Uma Sessão especial como essa de hoje em que uma Câmara tem 24 vereadores e somente dois estão presentes mostra a responsabilidade que esta Casa tem com a causa da pessoa com deficiência”, enfatiza Paulo.

Segundo o Vereador Américo de Deus todos os cidadãos deveriam abraçar a causa da pessoa com deficiência e refletir sobre as calçadas porque ninguém sabe como será o dia de amanhã. “Os buracos e as nossas calçadas estão sendo tomadas por vendedores ambulantes e ainda são desniveladas, quando não tem um poste como obstáculo para os pedestres. Acompanhamos essa falta de consciência do ser humano de não se preocupar com o outro”, disse Américo.