Breno Garibalde protocola Projeto de Lei que proíbe arquitetura hostil em Aracaju

por Felipe Martins, Assessoria de Imprensa do parlamentar — publicado 28/10/2024 07h00, última modificação 30/10/2024 15h28
Breno Garibalde protocola Projeto de Lei que proíbe arquitetura hostil em Aracaju

Foto: Gilton Rosas

O vereador Breno Garibalde, que também é arquiteto e mestre em urbanismo, protocolou nesta sexta, 8, na Câmara Municipal de Aracaju (CMA), um Projeto de Lei (PL) proibindo a prática da arquitetura hostil na capital sergipana. O parlamentar vem chamando atenção sobre esse tema durante toda a semana, em suas redes sociais.

"Protocolamos este PL com o objetivo de promover mais igualdade e liberdade das pessoas nos espaços públicos. A arquitetura hostil se coloca acima do que a população quer, ela afasta as pessoas. Bancos com divisão no meio, tachinhas, piquetes e grades embaixo de marquises, grades e espetos nas muretas. Esses elementos inseridos nos locais (privados ou públicos) são práticas que tornam a cidade desumana e mostram um desprezo enorme pelas pessoas, principalmente aquelas em situação de pobreza, que é o que chamamos de aporofobia", destacou Breno.

Para o vereador, Aracaju está bem melhor do que algumas capitais neste sentido, mas ainda assim encontram-se diversos exemplos da arquitetura hostil. "A cidade deveria ser um espaço confortável, onde todos tivessem acesso aos direitos fundamentais (moradia, trabalho, comida), mas infelizmente não é assim. As pessoas em situação de rua e moradores de rua, além de não terem esses direitos garantidos, ainda sofrem com a hostilidade dos espaços", afirmou o vereador.

O tema reforça o fato de que as cidades não são pensadas para todas as pessoas e esse tipo de arquitetura acaba determinando a exclusão de grupos sociais."Sei que é um tema polêmico, mas a gente precisa falar sobre isso. Se não tivermos conhecimento não teremos condições de perceber e nos manifestarmos. Precisamos estar atentos à cidade, cobrar melhorias e reivindicar o direito que todas as pessoas têm de permanecer no espaço urbano com dignidade", finalizou o parlamentar.