Bittencourt participa de seminário no MPE sobre os 130 anos da Abolição da Escravatura

por Acácia Mérici, Assessoria de Imprensa do parlamentar — publicado 14/05/2018 16h30, última modificação 14/05/2018 23h46
Bittencourt participa de seminário no MPE sobre os 130 anos da Abolição da Escravatura

Foto: Tarcísio Dantas

O vereador Professor Bittencourt (PCdoB), líder do prefeito na Câmara Municipal de Aracaju (CMA), participou nesta segunda-feira, 14, do seminário alusivo aos 130 anos da Abolição da Escravidão no Brasil, promovido pelo Ministério Público Estadual (MPE), através da Coordenadoria de Promoção de Igualdade Étnico-Racial (COPIER). A iniciativa contou com a presença do promotor de Justiça e coordenador da COPIER, Luís Fausto Valois, de frei David Raimundo dos Santos, fundador e diretor executivo da Educafro, o vice-presidente nacional da Comissão de Igualdades da OAB, Kleber Nascimento, a Mestre em Educação, Mariana Galvão Nascimento, entre outras autoridades.

“Ouvir o Frei Davi é sempre algo estimulante para continuar nessa luta em favor da igualdade racial. O Brasil foi o último país da América a abolir a escravidão. O tempo passou, mas ainda percebemos muita desigualdade, especialmente quando se trata do negro. É preciso cada vez mais fazer uma reflexão sobre a temática e atuar em defesa de todas as questões étnico-raciais para discutir o que realmente ocorre no Brasil. Parabenizo o promotor Luis Fausto Valois, o procurador-geral do MPE, Rony Almeida, e todos os participantes pela organização do evento e pela importância em debater um tema que é tão atual e necessário”, comentou Bittencourt. 

O seminário fomentou a discussão sobre Políticas Públicas que devem ser fortalecidas para acabar com a desigualdade racial em todo o país. Bittencourt lamentou, ainda, que mesmo 130 anos após a princesa Isabel assinar a Lei Áurea, a população negra ainda sofre todas as formas de preconceito e violência. “Anualmente no Brasil, 79% dos jovens assassinados são negros. A chance de um jovem negro ser abordado em uma blitz policial é infinitamente maior do que um jovem não negro. A sociedade desconfia do negro porque historicamente foi educada dessa forma. Queremos o fim de todos os preconceitos raciais, econômicos, políticos, religiosos, sociais para que possamos construir um mundo próximo do ideal”, ressaltou.

Ainda na opinião do parlamentar, “o negro é maioria em nosso país, porém é minoria nos espaços de representatividade, seja no campo da política, da arte, da cultura, da saúde. o fim da discriminação e do preconceito racial diz respeito ao interesse de toda a população. É preciso construir cada vez mais sociedade mais igualitária, justa e fraterna.”