Bittencourt lamenta morte da vereadora carioca Marielle Franco
por Assessoria de Imprensa do parlamentar
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publicado
15/03/2018 18h00,
última modificação
15/03/2018 18h19
Na Câmara Municipal de Aracaju (CMA), o vereador Professor Bittencourt (PCdoB) lamentou a morte da vereadora Marielle Franco (PSOL), ocorrido na noite desta quarta-feira, 14, no Rio de Janeiro. A parlamentar carioca foi assassinada com cinco tiros no bairro do Estácio, quando retornava de um evento no bairro da Lapa. A principal linha de investigação da Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro é execução.
Na Tribuna, Bittencourt fez um breve relato do trabalho desenvolvido por Marielle e apresentou um vídeo onde ela mesma mostrada seus pensamentos. Desde o ano 2000, ela desenvolvia ações ligadas à cultura, igualdade, equidade e educação na Favela da Maré. “Marielle era uma vereadora como todos nós. O vereador é aquele ente público que, de modo mais direto, convive e vive todos os problemas da população. Ela era uma mulher negra, que desde a adolescência e infância lutava pela causa. Infelizmente, ser negro nesse pais é nascer com o carimbo da discriminação. Ser negra, mulher e favelada nesse país é nascer com a grande chance de ser assassinado pelo estado brasileiro. Estamos consternados e sentimos a dor”, afirmou Bittencourt.
O parlamentar de Aracaju comentou é preciso rever tudo que se diz respeito aos Direitos Humanos no Brasil. “Às vezes, ouço discursos equivocados e inconsistentes em que colocam os Direitos Humanos como defensores brutais da criminalidade e violência de um cidadão contra outro cidadão. Colocam as forças policiais como inimigos dos Direitos Humanos e os Direitos Humanos inimigos das forças policiais. Não existe força do Estado sem o respeito ao direito humano. Não existe direito humano sem a força justa e legal do Estado”, destacou Professor Bittencourt, que foi secretário de Estado dos Direitos Humanos.
Bittencourt lamentou também a morte de Anderson Gomes, motorista da vereadora. Para o vereador, é preciso que toda a sociedade se una para que os ideais de liberdade sejam fortalecidos. “Essa jovem vereadora teve os sonhos de uma vida longa frustrados e castrados contra o poder do Estado que ela denunciava. Ela ficou como relatora para investigar a ação da intervenção militar no Rio de Janeiro. Após denunciar agressões contra jovens na favela do Acari, Marielle foi brutalmente assassinada. Todos nós que defendemos a liberdade, a justiça e os direitos humanos (que são nossos direitos fundamentais). Nossa solidariedade à família da vereadora, aos amigos militantes do partido PSOL e ao povo carioca. Independente de questões políticas, nesse momento há algo infinitamente superior: o respeito à vida humana. Sofremos todos”, pontuou Bittencourt.