Bittencourt intermediará diálogo entre a Prefeitura e os professores
A Câmara Municipal de Aracaju (CMA) recebeu nesta terça-feira, 12, representantes do Sindicato dos Profissionais do Ensino do Município de Aracaju (Sindipema). A categoria está paralisada e reivindica um reajuste de 7,64% no piso. O vereador Professor Bittencourt, líder do prefeito na CMA, reafirmou o compromisso de intermediar o diálogo entre a classe e o Poder Executivo, e contou que, com muita tristeza, as atuais dificuldades financeiras impedem que a Prefeitura atenda ao pleito.
"Tenho um respeito incondicional aos professores e sei que a reivindicação é justa. Infelizmente, as finanças atuais impossibilita realizar o reajuste. Sou professor, sei da extrema importância que todos têm para o fortalecimento da Rede de Ensino. A Prefeitura está à disposição para conversar com os professores e chegar, juntos, a um consenso", afirmou Bittencourt.
De acordo com o vereador, a gestão já apresentou um estudo mostrando que, neste momento, um reajuste salarial pode causar um impacto financeiro negativo nas contas do Município, o que pode comprometer a prestação dos serviços, desequilíbrio orçamentário e, até mesmo, atraso nos salários dos servidores ativos e inativos. "A perspectiva é que tenhamos um déficit de R$ 6,4 milhões de recursos do Fundeb ao final deste ano. Até o mês de julho, a PMA gastou 93% do recurso para a folha, recurso esse cuja obrigação é gastar, no mínimo, 60%. No mês de agosto, foram gastos 100% e, mesmo assim, não foi suficiente para cobrir a folha", pontuou o parlamentar.
Bittencourt afirmou, ainda, apesar do reajuste este ano, a Prefeitura vem fazendo melhorias em toda Rede Municipal, beneficiando professores, alunos e comunidade. "A proposta que foi colocada é que no ano que vem retomemos a discussão, sem esquecer o passivo de 2017. Os professores apresentaram as contrapropostas, estamos completamente à disposição para o diálogo e o processo de negociação. Nesses nove meses, houve o processo de reestruturação das escolas, reformas e reconstrução, retomada da compra de equipamentos para as salas de aula, regularização da merenda escolar", enalteceu.
Na Plenária da Câmara, Bittencourt reforçou que "a questão é totalmente financeira. Se não a Prefeitura não continuar dando um freio nas contas, não honrará os pagamentos, que estão sendo feitos em dia. Não podemos selecionar a quem pagar. Queremos que essa realidade dos professores seja transformada no ano que vem. Sei da angústia e da preocupação e estarei sempre ao lado desta compromissada categoria ao qual eu faço parte e muito me orgulha".