Bittencourt: "A interdição ética na UPA Zona Sul é um ato irresponsável”

por Acácia Merici, Assessoria de Imprensa do parlamentar — publicado 06/09/2017 12h10, última modificação 06/09/2017 15h24
Bittencourt: "A interdição ética na UPA Zona Sul é um ato irresponsável”

Gilton Rosas

No Plenário da Câmara Municipal de Aracaju (CMA) desta quarta-feira, 6, o vereador Professor Bittencourt (PCdoB) mostrou-se indignado com a interdição ética da Unidade de Pronto Atendimento Fernando Franco, no conjunto Augusto Franco, feita pelo Conselho Regional de Enfermagem de Sergipe (Coren). 
 
“Essa interdição é uma irresponsabilidade porque compromete o cidadão aracajuano. O Coren está fazendo uso político com o fechamento de uma unidade hospitalar. Lamento muito e acho que os diretores deveriam pedir desculpas à população, que certamente será prejudicada. Um dia que uma unidade daquela dimensão tem as atividades paralisadas, toda rede de saúde fica comprometida”, afirmou Bittencourt. 
 
De acordo com o vereador, o conselho apresentou um relatório à Secretaria Municipal da Saúde com algumas sugestões de adequação na unidade. Porém, um atraso na resposta a esse relatório fez com que o Coren tomasse a atitude imediata da interdição ética da UPA. Na opinião Bittencourt, essa atitude irresponsável e extremamente política. “Respeito a todos os membros do Conselho de Enfermagem, mas é preciso que tudo seja feito com respeito ao usuário. O Coren está aproveitando qualquer oportunidade para interditar alguma unidade de Aracaju. Ele não está preocupado com a saúde da população mas, sim, em aparecer como alternativa política de manutenção da diretoria no poder, dando visibilidade a uma gestão que concorre a um processo eleitoral. Porque não foi feito antes, quando os problemas estavam em evidência no final do ano passado ou até mesmo no início da gestão, enquanto estavam tomando pé da situação?”, argumenta o parlamentar.
 
Dentre os questionamentos apresentados no relatório do Coren está, segundo Bittencourt, a contratação de profissionais. A Prefeitura de Aracaju, por sua vez, já está tomando providências. “O prefeito já anunciou que a elaboração do edital para o Processo Seletivo Simplificado para contratação de profissionais. Já conversei com a secretária Waneska Barbosa e com a diretora de Saúde, Ana Márcia Oliveira, e as tratativas já estão sendo tomadas, rediscutindo com o próprio Coren. Outros conselhos municipais estão indo às unidades para fazer uma análise e ver, de fato, se há pertinência na interdição. O Coren estava torcendo para ter uma deixa e fazer a interdição em alguma unidade de Aracaju, o que é lamentável”, destacou.
 
Ainda na plenária, Bittencourt pontuou que, ao longo desses nove meses, o processo de reconstrução na cidade de Aracaju está em avanço e toda a equipe da Secretaria Municipal da Saúde não mede esforços para garantir e manter a assistência ao usuário do Sistema Único de Saúde (SUS). “Ninguém é louco em dizer que vivemos em plenitude no campo da saúde. Muita coisa precisa ainda ser feita até porque a Prefeitura encontrou o sistema público sucateado. É preciso reconhecer que existem muitas ações efetivas que estão transformando essa realidade. Temos a plena convicção que precisamos avançar muito mais, dando saltos na melhoria das condições de trabalho e da assistência. O Coren, infelizmente, está fazendo essa interdição ética como uso político, porque terá eleição no mês de outubro. Um ato de interdição ética é um ato extremo, mas precisa ser feito com muita seriedade e responsabilidade porque, na ponta disso, está a população carente que mais precisa do atendimento”, lamentou Bittencourt.