Bigode pede mais cuidados para pacientes com câncer na rede pública de saúde

por Eduardo Andrade e Leilane Coelho — publicado 02/10/2018 10h48, última modificação 02/10/2018 10h48
Bigode pede mais cuidados para pacientes com câncer na rede pública de saúde

Foto: Gilton Rosas

O vereador Bigode do Santa Maria (MDB) fez uso da Tribuna da Câmara Municipal de Aracaju (CMA) durante o Pequeno Expediente da manhã desta terça-feira, 2. O parlamentar falou sobre a situação dos setores de oncologia no Hospital Cirurgia e no Huse, criticando a falta de apoio às pessoas mais carentes que sofrem com o câncer.

Segundo Bigode, o tratamento inadequado a essas pessoas, somando-se à falta de aparelhos, acentua o sofrimento de muita gente. Ele também fez um apelo à gestão pública, para que reveja esta situação e ajude os pacientes com câncer. “Eu estava visitando a oncologia do João Alves e do Cirurgia. Saí de lá chorando pela situação que vi naquelas unidades. É uma situação em que todos nós choramos, vendo nossos irmãos daquela forma. Quero fazer um apelo ao atual governador: por que não leva uma máquina de radioterapia para os hospitais regionais, para minimizar o sofrimento de tantas pessoas? Algumas saem de longe, em Sergipe ou em outros estados, dentro de um carro da prefeitura porque não podem pagar um frete, e são jogados como quem joga um saco de batata”, disse o vereador.

“A gente vê a falta de atenção a quem mais precisa. Existe um ditado dos mais velhos que diz: ‘pimenta nos olhos dos outros é refresco’. E é verdade, porque eles não sentem a dor dos doentes. Muitos deles nem visitam a oncologia para sentir o que nossos irmãos estão sentindo”, acrescentou.

Agentes de saúde

Ainda dentro do contexto da saúde, Bigode falou sobre a situação dos agentes de endemias em Aracaju. De acordo com o vereador, estes trabalhadores sofrem com a falta de condição mínima para exercerem seu trabalho, o que prejudica bastante a população que precisa de atenção.

“Os agentes de saúde estão trabalhando a vendaval. Sem farda, sem calçado, sem crachá de identificação, sem proteção nem de um chapéu, torrando no Sol quente. Nada dizendo que eles são agentes de endemias. Aí chega uma pessoa assim na sua casa, do jeito que estão as coisas hoje, dizendo que é assistente de saúde sem estar identificado. Tem que dar mais proteção ao povo. Faço esse apelo às autoridades competentes, que revejam essas situações com todo carinho, porque o povo precisa desta atenção”, complementou.