Audiência Pública debate sobre couvert artístico
A proposta de regulamentação a oferta de serviço de tipo couvert artístico e o repasse da sua cobrança em Aracaju foi tema da Audiência Pública desta segunda-feira, 22. A reunião realizada de maneira on-line, é de iniciativa do presidente da Câmara Municipal de Aracaju (CMA), Nitinho (PSD).
“Estamos aqui para receber os reclames e transformá-los em solução. Não quero trabalhar para prejudicar ninguém, temos que debater uma situação que já está acontecendo há muito tempo. Quero fazer um debate de amigos e respeitoso”, iniciou o debate. Nitinho acrescentou que o Projeto de Lei deve conter a opinião dos donos de bares e músicos também.
Representando os músicos, o presidente da Ordem dos Músicos de Sergipe, Ton Ramos, disse que a regulamentação do couvert artístico é um debate antigo e que a música ao vivo em bares é tradicional em Aracaju. “A Lei do couvert já é discutida em várias cidades e o que queremos é que esse couvert artístico chegue ao músico em sua totalidade. Não pode ser desviado para outras funções. A gente deseja que em Aracaju não seja diferente”, ressaltou.
Já o representante dos bares, o presidente da Abrasel-SE, Bruno Dórea, fez alguns questionamentos a cerca do tema. “O que eu vejo na verdade, é que os bares oferecem excelentes oportunidades para músicos que estão começando a carreira artística e se algum bar não correspondeu ao cachê acertado, tem que ser resolvido pontualmente”, rebateu. Bruno acrescentou que são várias situações que precisam ser debatidas e por fim, se colocou à disposição para se reunir com os músicos posteriormente.
Músicos e donos de bares
Alguns músicos participaram da Audiência Pública e agradecerem a Câmara o espaço para debater a causa, como Antônia Amorosa, Soayan e Fábio Lima. Já os donos de bares e restaurantes, relataram as diversas situações que vivem com os músicos. Entre os que participaram do debate foram Harry Bushuman, Paulo Júlio e Hamilton do Cariri. “Eu contrato aquele músico que é interessante para meu estabelecimento. Cabe ao músico se qualificar, entender o momento e cobrar o seu preço”, opinou Hamilton.
Vereadores
Também presentes na sessão, os vereadores vereadores Sargento Byron (Republicanos), Professora Ângela (PT) e Fabiano Oliveira (PP) parabenizaram Nitinho pela iniciativa de debater sobre o assunto.
De acordo com Professora Ângela, esse projeto precisa ser discutido coletivamente. “Entendo que é fundamental para o artista, a valorização profissional é fundamental”, disse. Fabiano Oliveira disse que será necessário o entendimento entre os dois grupos. “Tanto os músicos e donos de bares correm o risco com o couvert”, observou o vereador.
Sargento Byron disse que é necessário entender a perspectiva de cada um. “Nesse momento é permitido a livre negociação entre cantor e donos de bares, talvez se aprove a lei do couvert, engesse esse valor. Entendo também que todos querem ter seu sustento garantido. Mas fico feliz com o debate para o que seja bom para ambos”, ponderou.