Aribé cobra reativação de tratamento para renais crônicos
O vereador Lucas Aribé (PSB) atendeu ao pedido da Associação de Renais Crônicos e Transplantados do Estado de Sergipe (Arcrese) e protocolou nessa quarta-feira, 2, a indicação nº 1.381/2018, para que a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) reative o serviço de diálise peritoneal com o objetivo de garantir uma segunda alternativa de tratamento aos pacientes com insuficiência renal crônica ou aguda.
A diálise peritoneal pode ser realizada pelo próprio paciente, em domicílio, ou por um familiar. “Além de desafogar as unidades de saúde, este tipo de tratamento provoca uma melhora significativa nos sintomas da doença, como falta de apetite, indisposição, cansaço e náuseas, segundo informações da Sociedade Brasileira de Nefrologia. Ou seja, basta boa vontade política para que os pacientes renais crônicos percebam uma melhora na sua qualidade de vida”, argumenta Lucas.
Segundo o presidente da Arcrese, Lúcio Alves, há alguns anos as empresas que forneciam máquinas e insumos para a realização da diálise peritoneal deixaram de atender novos pacientes nas regiões Norte e Nordeste do país, por problemas de tributação que já estão resolvidos desde o último mês de outubro. “O que precisamos agora é pressionar a Secretaria Municipal de Saúde, as clínicas e o NUCAAR (Núcleo de Controle, Auditoria, Avaliação e Regulação) para que a diálise peritoneal seja retomada”, afirma Lúcio.
O processo da diálise peritoneal ocorre dentro do corpo do paciente, com auxílio de um filtro natural como substituto da função renal. Esse filtro é denominado peritônio. É uma membrana porosa e semipermeável, que reveste os principais órgãos abdominais. O espaço entre esses órgãos é a cavidade peritoneal. Um líquido de diálise é colocado na cavidade e drenado, através de um cateter (tubo flexível biocompatível).
O cateter é permanente e indolor, implantado por meio de uma pequena cirurgia no abdômen. A solução de diálise é infundida, permanece por um determinado tempo na cavidade peritoneal e depois é drenada. A solução entra em contato com a corrente sanguínea e isso permite que as substâncias acumuladas no sangue como ureia, creatinina e potássio sejam removidas, bem como o excesso de líquido que não está sendo eliminado pelo rim.
Nefrologistas
Também a pedido da Associação de Renais Crônicos e Transplantados do Estado de Sergipe, o vereador Lucas Aribé protocolou uma indicação para que a Secretaria de Saúde de Aracaju informe o quantitativo de médicos nefrologistas que compõem a rede de saúde municipal. “Queremos saber se o número de profissionais é suficiente para atender a população. Há informações de que só existe um nefrologista na rede. Vamos checar e, se necessário, cobrar providências”, garante o parlamentar.