Anderson de Tuca destaca mobilização pelo fim da violência contra as mulheres
“A violência contra mulher não se resume apenas a violência doméstica” foi com essa frase, que o vereador Anderson de Tuca (PRTB) iniciou o Pequeno Expediente, no Legislativo Municipal, para lembrar o Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres.
De acordo com o parlamentar, a data serve para conscientizar os homens sobre o papel que precisam desempenhar para colaborar com o fim da discriminação e violência contra as mulheres. “Quem ama não mata, não humilha, não maltrata. Isso eu aprendi com os meus pais. Se o relacionamento não está dando certo, é melhor colocar um ponto final de maneira pacífica. Trouxe esse tema à tona, porque fiquei assustado ao ler uma matéria em que, segundo pesquisa realizada pelo Anuário Brasileiro de Segurança Pública, em 2017, o Brasil teve 221.238 registros de violência doméstica, o que significa 606 casos por dia. Os números são alarmantes. Precisamos falar mais sobre isso”, declarou.
O parlamentar também ressaltou que é importante as mulheres enfrentarem o medo e a vergonha e denunciar o agressor. “Muitos casos não entram para as estatísticas porque não são denunciados. Existem delegacias especializadas para tratar do assunto e uma Lei que a ampara, mas a mulher precisa deixar de lado o medo e seguir em frente para que o agressor seja punido”, concluiu.
Sobre a data
No Brasil, o dia 6 de dezembro foi oficializado como Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres através do Decreto de Lei nº 11.489, de 20 de junho de 2007.
A data remete a um evento ocorrido em 1989, em Montreal, no Canadá, quando Marc Lepine, de 25 anos, invadiu uma sala de aula da Escola Politécnica. Ele ordenou que os homens se retirassem e começou a atirar, assassinando 14 mulheres. O rapaz suicidou-se em seguida. Marc deixou uma carta justificando o ato: não suportava a ideia de ver mulheres estudando engenharia, um curso tradicionalmente masculino.
O crime mobilizou a opinião pública do país e motivou um grupo de homens canadenses a criar a Campanha do Laço Branco que tem como lema: jamais cometer um ato violento contra as mulheres e de não fechar os olhos frente a essa violência.