Américo de Deus homenageia bancários com Sessão Especial
Na manhã de segunda-feira 28, foi realizada no Plenário da Câmara Municipal de Aracaju (CMA), uma Sessão Especial em homenagem ao Dia dos Bancários, de autoria do vereador Américo de Deus (Rede). Foram convidados para participar da Sessão, José Adilson, representante dos Bancos Privados; José Gomes de Amorim, representante da Associação Atlética do Banco do Nordeste do Brasil; Almir Souza Vieira Presidente da Associação dos Funcionários Aposentados e Pensionistas do Banco do Brasil; Adêniton Santana Santos, Presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil; Ivânia Pereira, Presidente do Sindicato dos Bancários de Sergipe, além dos vereadores Isac (PCdoB) e Iran Barbosa (PT), e o ex-vereador Dr. Emerson Ferreira (Rede).
Agradecendo o convite, José Adilson falou sobre sua indignação com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), em suspender o feriado do Dia dos Bancários no Estado da Paraíba, comemorado desde 2009. Adilson fez uma abordagem histórica, apontando a categoria como vanguarda na história de luta no país. “Na década de 90, tínhamos 12 bancos privados instalados em nosso Estado, os quais empregavam cerca de 850 trabalhadores e hoje apenas três bancos estão em Sergipe empregando aproximadamente 350 bancários. Esse momento em que se abre um espaço para debate sobre a classe é de extrema importância para nós”.
José Gomes de Amorim lembrou que a data em homenagem aos bancários foi criada em 28 de Agosto de 1951, resultado da greve que foi deflagrada na época e que durou 69 dias finalizando após negociação de aumento salarial de 31%. Gomes aproveitou para fazer um paralelo dos bancários de hoje e dos bancários de ontem, abordando a forma como eram realizados os balancetes. “Tudo era feito à mão, os documentos eram datilografados e o trabalho era grande, mas, a gente trabalhava com alegria, com o avanço tecnológico as pessoas foram substituídas por máquinas, o número de profissionais diminuiu”, comentou.
Almir Souza Vieira falou sobre a contribuição da categoria para o desenvolvimento deste País. Almir comenta, “Os jovens naquela época almejavam trabalhar nos bancos em todo Brasil, pela boa remuneração que tinham, hoje tudo mudou até o vínculo empregatício que era assegurado, hoje é temporário”.
Adêniton Santana Santos falou sobre como foi formada a CTB e seu crescimento em tão pouco tempo. “Em 10 anos, a CTB é a 2ª maior Central do País, nós estamos compromissados com os princípios da Democracia, Independência Classista, Solidariedade, Ética na política, Combate à discriminação, Emancipação das Mulheres e Negros, Socialismo, Defesa dos Direitos Sociais, Transparência, Educação e Desenvolvimento Sustentável. A CTB engloba várias classes de trabalhadores”.
Parabenizando Américo pela autoria da Sessão, Ivânia Pereira saudou a todos os palestrantes. Ivânia iniciou sua fala parabenizando Ana Lúcia Santos, a primeira mulher eleita presidente do Clube do Banese, “Aninha é uma guerreira e tem à frente, um trabalho árduo no Clube”. Lembrou também que o sindicato surgiu com cinco componentes e que na época tinham como nome Sindicato Sergipense dos Bancários, que teve o apoio dos Sindicatos da Bahia e do Rio de Janeiro, onde construíram uma história contundente na conquista para a categoria. “Os bancos sobrevivem por conta de um comercio forte, sobrevivem do sucesso das demais categorias. No capitalismo a evolução não melhora as condições de trabalho e nem de remuneração dos trabalhadores, mas, favorece a exploração. Precisamos fortalecer todas as outras categoria profissionais”, afirmou.
A Sessão contou com a participação do ex-vereador, Dr. Emerson Ferreira Costa, que falou sobre os lucros crescentes dos bancos e do agronegócio no período de crise pela qual passa o país, falou sobre as profissões que possuem maior incidência com uso de drogas e suicídio, dentre as quais está incluído o profissional bancário. Dr. Emerson alertou sobre as todas as reformas, terceirização e privatização que representam um retrocesso nas conquistas dos direitos dos trabalhadores, abordou também a importância dos sindicatos na conquista de direitos para as classes. “Precisamos respeitar a memória histórica, se não fossem por essas lutas, as adversidades seriam bem piores”, finalizou.
Vereadores
O vereador Isac parabenizou ao vereador Américo e aos bancários, “A luta travada pela categoria é sobretudo pedagógica e na economia privada este é um grupo de trabalhadores com a maior capacidade de resistência das classes. O bancário é a chama viva para os trabalhadores do setor privado no Brasil”.
Já Iran Barbosa pediu permissão ao vereador Américo de Deus (Rede), para intitular o evento como, Sessão Especial Bancário José de Souza, pela luta travada por ele em prol da categoria e lembrou do saudoso Abrahão Crispim, que fez história na trajetória do sindicato. Iran lembra a todos, das lutas dos bancários, pois, sempre que se posicionam viram notícia Nacional, pela força que a categoria representa. Iran também comenta que, com a automação tecnológica, iniciou-se o processo de desprestígio do ser humano, que está sendo substituído pela máquina.
Américo de Deus (Rede) agradeceu a presença e participação de todos, além de fazer uma retrospectiva de sua vida enquanto bancário. O parlamentar relembrou que no passado as máquinas eram de manivelas e o trabalho era dobrado, no entanto, satisfatório, e com a chegada da tecnologia os processos foram automatizados e facilitados diminuindo-se o número de trabalhadores nos bancos, e isso será ainda mais agravado pelo Programa de Demissão Voluntária (PDV) para os funcionários. O vereador finaliza dizendo, “Os trabalhadores não irão conseguir se aposentar, porque nós simples mortais, temos que pagar o rombo da previdência,” finalizou.