Adriano Taxista denuncia a situação precária dos trabalhadores rodoviários em Aracaju
Durante pronunciamento na Câmara de Vereadores de Aracaju, Adriano Taxista (Podemos) expôs aos colegas parlamentares a situação calamitosa enfrentada pelos trabalhadores do sistema rodoviário da capital. O vereador apresentou imagens enviadas por funcionários como denúncia, destacando o estado de deterioração do carro 9035, que opera na linha 051 Atalaia/Centro da Viação Modelo, onde a cadeira do motorista aparece sem estofamento.
Adriano Taxista também informou que, assim como a empresa Progresso, a Viação Modelo está em débito com seus trabalhadores, de acordo com informações fornecidas por funcionários. Segundo a denúncia, trabalhadores da antiga Halley, agora parte do grupo Modelo, não receberam suas verbas rescisórias. Além disso, há relatos de que a empresa não está depositando o FGTS e o INSS de seus empregados. Em 2023, o 13º salário foi parcelado em cinco ou seis vezes, e, neste ano, a primeira parcela do 13º salário de 2024 ainda não foi paga.
“Este ano, essas empresas não pagaram a primeira parcela do 13º salário. Cadê os auditores fiscais para fiscalizarem essas empresas que estão descumprindo o que é direito do trabalhador? São situações que a gente fica cobrando, cobrando, mas parece que não adianta, não resolve. Mais uma vez, faço um apelo à Procuradoria do Trabalho”, declarou o vereador.
Desde que assumiu seu mandato, em 13 de junho de 2024, Adriano Taxista tem acompanhado de perto a luta dos rodoviários. Ele já protocolou denúncias na Procuradoria do Trabalho, com o apoio de outros vereadores, sobre atrasos de salários e outras irregularidades trabalhistas.
O parlamentar defende que empresas que não utilizam mais o serviço de cobradores de ônibus e demitiram esses profissionais sem quitar suas pendências trabalhistas tenham parte de sua arrecadação retida. “Se essas empresas dispensaram os cobradores sem cumprir suas obrigações, que 10% ou 15% da arrecadação delas seja retido. Assim, os trabalhadores que entraram com ações na Justiça terão a garantia de que receberão suas verbas rescisórias”, propôs Adriano.