“Uma boa parte dos vereadores entendeu que os servidores do município não merecem carreira”, diz Isac
Durante entrevista concedida ao apresentador Fábio Henrique, no Balanço Geral, na TV Atalaia, o vereador Isac Silveira (PCdoB) foi questionado sobre o grupo de vereadores independentes. “Vocês estão com raiva do prefeito?”, perguntou o âncora do telejornal. “Não, não é raiva do prefeito. Nós percebemos que em alguns momentos na Câmara Municipal de Aracaju (CMA), em alguns dos projetos que são discutidos, há conflitos de interesse entre administração e o poder legislativo. Nós continuamos apoiando Edvaldo Nogueira. Queremos que Aracaju seja, cada dia, uma cidade melhor. Mas também não podemos votar em projetos, ou deixar de votar em projetos, que não sejam a essência do nosso mandato”, respondeu Isac.
O vereador citou logo em seguida, a cobrança que estão fazendo a Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA). “Nós estamos cobrando da administração o piso do Magistério. É uma lei, importantíssima, que até agora o executivo não enviou. Nós fizemos uma emenda na lei de diretrizes orçamentárias, e infelizmente a maioria dos vereadores decidiu por não aprovar essa emenda. Mas esse grupo, formado por Isac, seu Marcos, vereador Anderson de Tuca, vereador Thiaguinho e vereador Fábio Meirelles votaram a favor”.
O apresentador então perguntou a Isac sobre ele poder sofrer perseguição do partido, já que teve a postura de votar contra o prefeito. “Eu não posso cair em contradição. Se quando eu fui candidato eu afirmei que seria favorável ao reajuste dos servidores municipais, que iria lutar pelo piso do magistério, como é que agora, depois de eleito eu vou ficar de joelhos para a administração e não vou manter minha palavra?”, disse o vereador.
O âncora do jornal então perguntou se “além do piso do magistério, houve algum outro projeto que vocês votaram contra ao que pretendia a prefeitura?”, e Isac finalizou a entrevista, indignado, dizendo que apresentou uma emenda, enviada pelo Sepuma que era a reestruturação do plano de cargos e carreiras para os servidores públicos do município, e ela não foi aceita. “Infelizmente, essa emenda também foi derrotada. Esse grupo que eu já citei, os cinco, votou a favor, mas uma boa parte dos vereadores entendeu que os servidores do município não merecem carreira”.