“Todas as minhas falas neste mês serão sobre a questão racial no Brasil", diz Professor Bittencourt em alusão ao Novembro Negro

por Jamile Pavlova, Assessoria de Imprensa do Parlamentar — publicado 28/10/2024 07h00, última modificação 04/11/2024 17h20
“Todas as minhas falas neste mês serão sobre a questão racial no Brasil", diz Professor Bittencourt em alusão ao Novembro Negro

Foto: Gilton Andrade

O vereador Professor Bittencourt (PDT) usou o Grande Expediente da Câmara Municipal de Aracaju, nesta última quarta-feira, 8, para falar sobre a importância em abordar temas raciais, principalmente neste mês, durante a campanha do "Novembro Negro".

"Todas as minhas falas no mês de novembro serão somadas a uma discussão acerca da questão racial no Brasil", afirmou.

O parlamentar destacou que esse tema deve estar permeado no cotidiano da sociedade e reafirmou a necessidade da luta antirracista.

"O Brasil precisa olhar a sua trajetória, que construiu um país fincado nas bases do preconceito, da intolerância, da violência perpetrada pelo sistema escravista. Violência essa, que ao longo do tempo, construiu uma série de justificativas, conceitos e ações que até os dias de hoje se mantém, colocando os homens negros e mulheres negras na condição de vítimas", pontuou.

O vereador ressaltou que a luta racial não é somente da comunidade negra, mas da sociedade em geral. "Os negros são vítimas da violência imposta pelo racismo, os não negros são vítimas da ignorância, na medida que, de alguma forma, reafirmam essa lógica do estrutural racismo que o Brasil vive. Lutar contra toda a forma de preconceito, seja contra mulher, seja contra a população LGBT+, seja contra o preconceito religioso é uma luta de todos nós".

Bittencourt finalizou dizendo: "Não precisa ser negro para ser antirracista, não precisa ser negro para ser contra a intolerância e violência, não precisa ser negro para enxergar que mais de 70% dos homicídios são cometidos contra o homem negro e mulher negra, não precisa negro para entender que no Brasil 70% das mulheres que sofrem feminicídio são negras. Portanto, ter um viés antirracista é ter um viés em favor da civilidade humana, em favor do respeito, da dignidade, da liberdade".