“Paulo Guedes está interessado é no Fundo de Amparo ao Trabalhador”, dispara Isac durante discurso na CMA
por Bruna Cury, Assessoria de Imprensa do parlamentar
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publicado
05/12/2018 11h55,
última modificação
05/12/2018 15h00
O ministro extraordinário da transição da Presidência da República, Onyx Lorenzoni, em entrevista a uma rádio gaúcha, garantiu a extinção do Ministério do Trabalho. Segundo ele, as atuais atividades exercidas pelo Ministério vão ser distribuídas entre os ministérios da Justiça, da Economia e da Cidadania.
O ministro informou também que as políticas de emprego e as ações voltadas para o empregador e para empresários ficarão sob a responsabilidade de Paulo Guedes, futuro ministro da Economia, e de Osmar Terra, ministro da Cidadania. Já as concessões de cartas sindicais e a fiscalização das condições de trabalho vão ficar a cargo da equipe de Sérgio Moro, futuro ministro da Justiça.
Diante dessas informações o vereador Isac Silveira (PCdoB) utilizou a Tribuna da Câmara de Municipal de Aracaju (CMA) para falar mais uma vez sobre o fim do Ministério do Trabalho. “Nós estamos sendo forçados novamente a tratar desse assunto, por conta das desastrosas ações já anunciadas pelo futuro presidente da república, Jair Bolsonaro. Ele, de fato, vai extinguir o Ministério do Trabalho, que tem 88 anos de existência, que é um símbolo da resistência, de reivindicações históricas, das vidas que foram ceifadas pelo capitalismo e agora ele anuncia a divisão do ministério do trabalho e das suas atividades. Quais são as implicações que nós poderemos assistir em curto prazo?”, indagou o vereador.
Isac deixou claro que acabar com o ministério não irá diminuir gastos. “Essa história é mentirosa. Sabe por quê? Porque os funcionários, as demandas, continuam as mesmas, a não ser que diga: não haverá mais política pública voltada para o trabalho e para o trabalhador”. O vereador afirmou que o que Paulo Guedes quer é o Fundo de Amparo ao Trabalhador. “O fundo são bilhões de reais das contribuições dos trabalhadores com o FGTS. Ele quer esse montante que está guardado, que por lei deveria ser usado para pagamento de seguro desemprego, mas também sobretudo para aplicação em fomento da abertura de postos de trabalho, de qualificação de trabalhadores”, explicou o vereador.
Isac finalizou seu discuso com um alerta: “Eu respeito a escolha soberana, mas lembro que ações já estão sendo feitas, e se formos nesse barco em muito breve esse país estará no brejo. Que Deus nos dê paciência e coragem para enfrentar o homem mal”.