“Os carroceiros precisam ser ouvidos na Câmara”, orienta Bittencourt

por Acácia Merice, Assessora de Imprensa do parlamentar — publicado 28/08/2018 14h39, última modificação 28/08/2018 14h39
“Os carroceiros precisam ser ouvidos na Câmara”, orienta Bittencourt

Foto: César de Oliveira

Durante a votação do Projeto de Lei que prevê o fim gradativo da circulação de carroças na capital, o vereador Professor Bittencourt (PCdoB) afirmou que é contra todo tipo de violência e maus tratos aos animais. Porém, segundo ele, é preciso um olhar mais cuidadoso com a situação dos profissionais.

“Senti falta da presença dos carroceiros durante o debate desse tema na Câmara. Eles são peças fundamentais no processo de discussão dessa temática porque o fim dessa atividade implica diretamente na vida de cada um deles. Eles deveriam estar aqui presentes para discutir e apresentar alternativas. Soube que aconteceu uma audiência na OAB, mas as Leis Municipais são votadas na Câmara”, questionou o líder do prefeito.

Bittencourt comentou ainda que é preciso cautela na avaliação de quem, de fato, faz maus tratos aos animas. “Não podemos generalizar. Refuto qualquer tipo de generalização sob o ponto de vista da violência gratuita por parte desses profissionais. Aqueles que utilizam a violência devem ser punidos conforme a Lei Federal 9605 que estabelece que crime de maus tratos é passível de multa e prisão. Aqueles que desrespeitam essa legislação devem ser severamente punidos. Por outro lado, existem pessoas muito zelosas com seus animais e têm a perfeita compreensão que eles são partes importantes para o sustento da família”, pontuou, reforçando que o debate precisa ser ampliado.

"A modernidade impõe o fim dessa forma de condução das carroças. Mas é preciso que os carroceiros sejam ouvidos. Faço questão da presença deles no Plenário", disse.

Para o vereador Bittencourt, a questão central de todo debate é o carroceiro. “Conduzindo uma carroça tem um homem pobre e de periferia, com muitas dificuldades na vida. Não tem classe média puxando carroça. A violência contra o animal é um absurdo, mas precisamos tratar do aspecto humano que, na minha avaliação, é o mais importante e de maior envergadura. Não podemos ter hipocrisia. Defendo o profissional. Respeito a diversidade das opiniões”, afirmou.