“Não combina um prefeito que tem os salários em dia, com um prefeito que não propõem reajuste”, disse Isac na CMA

por Bruna Cury, Assessoria de Imprensa do parlamentar — publicado 23/08/2018 08h55, última modificação 23/08/2018 17h27
“Não combina um prefeito que tem os salários em dia, com um prefeito que não propõem reajuste”, disse Isac na CMA

Foto: Gilton Rosas

Desde o fim de Julho, servidores da capital sergipana enfrentam problemas para dialogar com o executivo. Além dos médicos que estão em greve, desde o dia 20 de junho, outras 11 categorias cruzaram os braços pedindo reajuste salarial e melhores condições de trabalho. Durante pronunciamento na Câmara Municipal de Aracaju, o vereador Isac Silveira (PCdoB), reiterou apoio irrestrito a essas categorias, insistindo desde o ano passado, que trabalhador não seja penalizado por algo necessário.

De acordo com Isac, há uma tergiversação de cumprir o reajuste dos servidores que o deixa assustado. “Esses dias eu conversava com João Augusto e com os demais membros do Sindimed e eles diziam que só querem construir uma pauta de negociação com a Prefeitura Municipal de Aracaju. Eu creio que nós temos na PMA pessoas competentes para construir essa e outras negociações. Não é razoável apenas a informação que de os recursos que a prefeitura acumulou ao longo dos anos, só permitam colocar os salários em dia. Eu disse uma vez ao prefeito Edvaldo Nogueira que existiam alguns caminhos que poderiam ser discutidos, dei humildemente a minha contribuição, e a prefeitura entendeu que deveria seguir um outro caminho”, relatou o parlamentar.

Diante dos fatos, o vereador defensor das causas trabalhistas, chamou atenção do parlamento para o assunto, e disse que os vereadores não podem assistir a tudo isso calados. “O fato é: categorias que estão esperando o reajuste, que não tiverem em 2016, 2017, 2018 e estão se encaminhando para 2019 continuem sem uma proposta efetiva do município para elas. Para piorar a situação está havendo corte de ponto de servidores que foram para as assembleias. Eu entendo isso como sendo profundamente indigno, e um modelo que não se parece com a forma de administrar de Edvaldo Nogueira. Eu quero me manifestar dizendo que qualquer forma de retaliação e de políticas reacionárias que não reconhecem o direito dos trabalhadores de reivindicar e obter resultados não são democráticas”.

No discurso Isac ainda declarou entender que situação é complexa, não só na nossa capital, no estado de Sergipe, mas como no Brasil em relação a crise financeira, mas, que é com a dignidade de um trabalho honesto que se pode construir a esperança de um futuro melhor. “Só sabe o valor do salário aqueles que dependem exclusivamente do seu”, desabafou o parlamentar.

Ao final de seu discurso ele reconheceu a habilidade que Edvaldo Nogueira teve de organizar as finanças, de botar o salário em dia. “Todos nós temos o dever ético de reconhecer e parabenizar o prefeito. Mas chama atenção para a atuação da equipe que não consegue estabelecer uma negociação efetiva com as categorias. Muitas das vezes a má assessoria, os secretários que não conseguem ser propositivos. Então é culpa de Edvaldo? Claro que é. Se não há propostas para as categorias, culpa do prefeito. Não tem meio termo comigo. Não combina um prefeito que tem os salários em dia, com um prefeito que não propõem reajuste”.