Linda enfatiza importantes datas na luta dos diretos humanos
Por assessoria da parlamentar
Na manhã desta terça-feira, 18, a vereadora Linda Brasil (PSOL), foi ao grande expediente onde informou a passagem de duas datas de luta para a população LGBTQIA+, o dia 15- Dia do orgulho trans e travesti, e o dia 17- Dia Internacional de Enfrentamento a LGBTQIA+fobia. Linda destacou a importância das lutas.
A parlamentar também evidenciou outra data significativa para a defesa dos direitos humanos, 18 de maio, o Dia de Luta Antimanicomial. “O Dia de Luta Antimanicomial é um dia de luta muito importante para que a gente possa refletir sobre o movimento de reforma psiquiátrica.”
Nesse mesmo dia, também acontece anualmente a Campanha Faça Bonito, em alusão ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, instituído pela Lei Federal 9.970/00, é uma conquista que demarca a luta pelos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes no território brasileiro.
"Essa data tão importante marca o combate ao abuso e exploração de crianças e adolescentes. Estamos em diálogo com os/as conselheiros/as tutelares, e entre as pautas a implementação do Disk Criança, que é um projeto que já está em vigor na cidade, mas não foi implementado, e uma outra pauta importante é a implementação do plantão para os conselheiros/as, uma vez que esses casos de violação acontecem à noite e aos finais de semana. Toda minha solidariedade aos conselheiros/as", declarou Linda.
Sobre a violência e abusos sofridos por crianças, Linda falou sobre a importância das escolas em ouvir as crianças e adolescentes, onde muitos vivem em ambientes violentos e castradores, e são ensinadas/os a silenciar.
Logo após, a parlamentar retomou a importância das conquistas para a população LGBTQIA+, como o reconhecimento do nome social nos espaços institucionais, e destacou sua trajetória na universidade, e a partir da luta que precisou travar pelo nome social na universidade, hoje essa luta resultou em uma portaria e onde a UFS tem mais de 40 estudantes trans e travestis com seus nomes sociais reconhecidos. Linda trouxe dados sobre o cenário de desigualdades, exclusão e violência que a comunidade LGBTQIA+ vivencia.
"O Brasil é um dos países que mais mata LGBTQIA+ no mundo, e em relação as mulheres trans e travestis, esse índice corresponde a 52% dos assassinatos do mundo todo. Isso quer dizer que o Brasil mata mais travesti e trans como aconteceu com Natasha, do que o restante do mundo.", enfatizou.
A vereadora também colocou que devido aos processos de exclusão, mais de 90% das trans e travestis buscam a prostituição como forma de sobrevivência, e essa vulnerabilidade acarreta uma expectativa de vida de até 35 anos.
"Por isso a importância dessas datas comemorativas, para denunciarmos esse sistema hétero cis normativo, misógino, racista, patriarcal, sexista, baseado em um fundamentalismo religioso, que coloca as nossas vidas como se fossemos uma aberração, como se não fossemos filhas e filhos de Deus, como já aconteceu comigo, no dia da eleição, uma data em que fui a mais votada, também recebi uma enxurrada de insultos e ameaças, em defesa de uma tradicional família brasileira.", expressou.
A parlamentar ressaltou que é preciso lembrar que vivemos em um estado laico, e portanto, é importante que as decisões referentes ao conjunto da sociedade não sejam tomadas norteadas por uma perspectiva religiosa.