“Intervenção é cortina de fumaça para esconder fracasso da proposta da reforma da previdência”, diz Isac
Pedindo um comportamento mais amigável e pacífico no parlamento, com as atenções voltadas ás necessidades da população aracajuana, o vereador Isac Silveira (PCdoB), começou seu primeiro discurso na manhã desta quarta-feira, 21, durante o Pequeno Expediente da Câmara Municipal de Aracaju (CMA). Durante seu pronunciamento, Isac demonstrou sua preocupação com relação a medida de intervenção militar no Estado do Rio de Janeiro, decretada pelo presidente da república Michell Temer. “Se nós formos lembrar dias anteriores ao golpe de 64 uma das argumentações era a defesa da família e da propriedade. Os argumentos que se usam para propor os regimes totalitários são os mais diversos possíveis”, disse Isac.
Para o parlamentar, esta ação é uma fuga para que o povo não possa retirá-lo do poder, já que os índices de aprovação e desaprovação deste governo, estão a todo momento na mídia e não os favorece. “Eles deram um golpe na presidente Dilma e sabem que nestas eleições serão todos derrotados, pelo povo. No último dia 19 fizemos um ato aqui em Sergipe com todos os sindicatos e centrais sindicais, no sentido de combater a ideia da reforma da previdência e a questão da intervenção. Claro que a gente sabe que a reforma da previdência ainda será ressuscitada, porque ele ainda pensa em colocar em votação. Mas, essa intervenção no Rio de Janeiro, não pode ser vista por nós como algo normal”, relatou o vereador.
De acordo com Isac, se os índices são o primeiro parâmetro para esta intervenção, pelo mapa da violência, Sergipe deveria ser o primeiro estado a receber a medida. Durante o discurso, o vereador fez alguns questionamentos. “É pelo grau de crimes hediondos? Qual o alcance desta medida? As medidas de busca e apreensão serão generalizadas? Como se dará o acesso aos lares, e todas as questões constitucionais que protegem as pessoas?”. Isac encerrou o discurso afirmando que é contra qualquer regime totalitarista, e que ainda não encontrou nesta ação do governo federal nada plausível, nem razoável, para que a ordem seja reestabelecida.