“Gestão pública é eficácia, gestão privada é falácia”, diz Professora Ângela Melo ao defender caráter público da Deso
Defensora dos serviços públicos e da água como um direito humano, a vereadora Professora Ângela Melo (PT) reafirmou, na manhã desta quinta-feira, 13/04, a sua posição contrária a qualquer possibilidade de privatização da Deso – Companhia de Saneamento de Sergipe.
A parlamentar apresentou um conjunto de dados que evidenciam como a privatização das empresas públicas de água e saneamento tem uma dupla consequência: piora na prestação dos serviços e encarecimento das tarifas de água e esgoto.
Como exemplo, Ângela citou um caso de Alagoas: “a empresa BRK Ambiental, concessionária privada de água e saneamento, que já acumula mais de 12 mil reclamações de consumidores de 13 cidades da Região Metropolitana de Maceió”.
Além disso, “uma pesquisa do Instituto Tratar Brasil demonstrou que dos 20 municípios brasileiros com melhor qualidade nos serviços de saneamento básico, em 17 são empresas públicas as responsáveis pela gestão e operação do serviço”, mencionou.
Para a vereadora, “esses dados revelam uma eficácia da gestão pública, mesmo com todas as tentativas de sucateamento que vimos nos últimos anos”.
Outra questão abordada por Professora Ângela Melo foi sobre o valor dos serviços. Conforme divulgação do Sindisan (Sindicato dos Trabalhadores da Deso), enquanto o valor da tarifa da Deso, por 10 metros cúbicos de água, está entre R$ 33 (esgoto) e R$ 42 (água), em Maceió os valores são de R$ 61 na tarifa de água e R$ 61 na tarifa de esgoto.
“Ou seja, a privatização significa apenas serviço pior e serviço mais caro. Por isso, e porque água é direito e não mercadoria, eu digo não à privatização da Deso”, enfatizou Ângela.