“Famílias carentes não conseguem pagar taxa de esgoto da Deso”, afirma vereador Cícero do Santa Maria

por Assessoria de imprensa do Parlamentar — publicado 09/04/2024 11h21, última modificação 04/11/2024 17h20
“Famílias carentes não conseguem pagar taxa de esgoto da Deso”, afirma vereador Cícero do Santa Maria

Foto: Gilton Rosas

O vereador Cícero do Santa Maria (Podemos) usou a Tribuna na sessão desta terça-feira, 9, na Câmara Municipal de Aracaju (CMA), para voltar a falar sobre a cobrança da taxa de esgoto da Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso), em comunidades carentes da capital.

De acordo com o parlamentar, a cobrança de 80% em cima do valor da água inviabiliza que famílias carentes possam ter acesso à agua. “O bairro 17 de Março é o exemplo disso. Lá, a grande maioria das famílias sobrevive de reciclagem ou do Bolsa Família e como vai conseguir pagar essa taxa de esgoto?”, questionou.


Cícero lembrou que apresentou um Projeto de Lei na Câmara para isentar a cobrança para famílias que recebiam até dois salários mínimos. “Infelizmente, o projeto não passou e faço apelo ao governador para reduzir essa taxa ou ampliar a isenção da tarifa social, porque fica muito difícil para as famílias carentes”, afirmou.

Autismo
Ainda em seu pronunciamento, Cícero do Santa Maria destacou que abril é o mês da conscientização do autismo. “Mas não basta só conscientizar:  poder público precisa ser eficiente e ajudar a melhorar a vida das pessoas com autismo”, revelou.

E essa melhoria de vida, segundo o parlamentar, passa pelo acesso à saúde de qualidade. “Principalmente ao neuropediatra, que é uma especialidade que não conseguimos encontrar nos postos de saúde. Uma senhora me procurou pedindo ajuda porque o filho está há três dias sem a medicação, por falta da receita, e ela não tem condições de pagar particular e não tem esse profissional na saúde pública”, lamentou.

E como forma de amenizar esse sofrimento, Cícero pediu para a Prefeitura de Aracaju fazer mutirões para levar atendimento médico para a população. “Precisamos de mutirões com neuropediatras e fonoaudiólogos porque nenhum desses profissionais se acha nos postos de saúde e, quando acha, é por telemedicina”, completou.