“Estou lutando por mulheres com câncer que estão batalhando pela vida”, afirma Sheyla Galba

por Assessoria de Imprensa da parlamentar — publicado 28/10/2024 07h00, última modificação 30/10/2024 15h10
“Estou lutando por mulheres com câncer que estão batalhando pela vida”, afirma Sheyla Galba

Foto: César de Oliveira

Em um discurso emocionado, a vereadora Sheyla Galba (Cidadania) chamou atenção, nesta terça-feira (08), quando é celebrado o Dia Internacional da Mulher, para as mulheres com câncer que estão enfrentando dificuldades no tratamento oncológico relacionadas a medicamentos, seja por estar em falta no hospital ou por precisar de um tipo não fornecido pelo SUS.

A parlamentar pediu às autoridades do Estado que tenham mais atenção a estas situações. "Hoje mesmo, durante a sessão, recebi uma paciente oncológica, Dona Elisângela, uma mulher que é mãe, filha, avó e que está há cinco meses lutando por um medicamento que não é disponibilizado pelo SUS e, por isso, ela entrou na justiça para ter direito. Porém, o Estado simplesmente negou este medicamento que custa R$ 12 mil", detalhou.

Sheyla Galba ressaltou o sofrimento relatado pela paciente pela dificuldade no acesso ao medicamento. "Ela disse uma frase que me emocionou muito: que não está aguentando mais ficar internada e que eu era a salvação dela. Mas eu não sou a salvação, pois eu não tenho muito que fazer a não ser lutar e pedir ao Estado de Sergipe que, por favor, não entrem com o recurso na justiça porque estamos falando de uma vida", salientou.

"Elisângela disse ainda que pediu ao médico que ao invés do medicamento que estava recebendo no hospital ela fosse liberada para voltar para casa porque o que mais ela precisava era de amor e que não aguentava mais ficar longe dos filhos", complementou a parlamentar.

Em sua fala, a vereadora lembrou que enfrentou o câncer e a falta de um tratamento digno, por isso conhece bem a realidade dos pacientes oncológicos. "Não estou fazendo política com a dor do outro, esta também é a minha dor, é o que eu passei. Estou aqui para que as pessoas não sofram mais, para que as Elisângelas não venham aqui e digam que eu sou a esperança delas. Eu não sou e não tenho esse poder de chegar ao Estado e mandar que eles paguem o medicamento. Mas eu tenho a minha voz para lutar e seguirei lutando", frisou.

"Sabemos que o medicamento não está na lista do SUS, mas se uma pessoa entra na justiça por um direito à vida e o Estado diz que não vai pagar, a quem devemos recorrer? Fica registrado o meu desabafo e o pedido de socorro para todas essas pessoas que estão entrando na justiça para ter direito a um medicamento por não ter condição de comprar. Pedimos ao governador e à secretária de Estado da Saúde que falem com a assessoria jurídica para não entrar contra estes pedidos de socorro por conta de um medicamento que o SUS não disponibiliza, mas que elas precisam tomar", enfatizou.

Por fim, Sheyla Galba destacou a falta do medicamento oncológico Faslodex no Hospital João Alves Filho. “Temos duas mulheres de peito que estão com metástase e precisam deste medicamento. Estamos no Dia Internacional da Mulher e eu estou lutando por mulheres com câncer que estão batalhando pela vida”, concluiu.