“Estado e prefeitura vão deixar pessoas morrerem para tomar providências em relação aos prédios interditados de Aracaju?”, indaga vereador Isac
Após diversas discussões e pronunciamentos na Câmara Municipal de Aracaju (CMA), por vários parlamentares, em relação aos prédios antigos, abandonados e interditados, foi noticiado, na última sexta-feira, 11, pela imprensa local, a interdição imediata do Hotel Palace e a desinterdição do prédio do INSS, da Avenida Ivo do Prado.
O vereador Isac Silveira (PCdoB), que tem debatido sobre esse tema, em seus pronunciamentos e entrevistas, viu com bons olhos a interdição do Hotel Palace. “Eu reconheço que essa interdição trará sofrimento para aqueles que comercializam ali, mas a maior defesa é pela vida das pessoas. Um trágico acidente pode ocorrer a qualquer momento naquela localidade, então tem que interditar mesmo, mas tem que providenciar a reforma do prédio. Não se pode esvaziar o centro e pronto", afirma Isac.
Em relação a desinterdição do prédio do INSS, da Avenida Ivo do Prado, que teve o teto do hall desabado no dia 21 de abril, a Defesa Civil do município não viu nenhum impedimento. “Nós fizemos visitas e todos os problemas já foram resolvidos, inclusive a infiltração que havia sido detectada. Por parte da defesa civil, não há mais nenhum impedimento para que o prédio continue interditado”, disse o major Prado. Já o vereador Isac se mostra contrário à decisão. “Nós temos um monte de dúvida quanto à estrutura do local, haja vista que não houve nenhuma reforma da parte superior do INSS, que era ocupada pelo Dataprev e agora está vazia. O prédio precisa sim de reformas”, lembra o vereador.
Preocupado e insatisfeito Isac critica a inercia dos poderes estadual e municipal. “Existem outros prédios que carecem de uma maior atenção, ação enérgica da justiça, do Ministério Público, dos poderes estadual e municipal. Mas o estado e a prefeitura Vão continuar calados, vão deixar pessoas morrerem para tomar providências em relação aos prédios interditados, e outras questões centrais?”, indaga Isac.