“Esse circo vai pegar fogo e não vai dar tempo pro palhaço dar sinal”, ironiza Amintas sobre investigações da CPI da Saúde
por Assessoria de Imprensa do parlamentar
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publicado
12/09/2018 21h37,
última modificação
12/09/2018 21h37
Na manhã desta quarta-feira, 12, o vereador e líder da oposição Cabo Amintas (PTB) utilizou a Tribuna da Câmara Municipal de Aracaju (CMA) para denunciar suposta condição que obrigava funcionários de cargos comissionados a acompanharem caminhadas de candidatos do prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira. Além disso, Amintas também falou sobre a falta de pagamento aos músicos sergipanos e o andamento da CPI Da Saúde.
O líder da oposição deu início a sua fala explicando as denúncias que recebeu envolvendo os funcionários de cargos comissionados e o Gestor Municipal.
“Eu tenho recebido denúncias e, por enquanto, ainda não comprovamos. Mas, diante de algumas caminhadas que o prefeito Edvaldo Nogueira tem ido como cidadão, algumas denúncias chegaram a mim de que existe uma obrigatoriedade em que algumas pessoas, de cargos comissionados nessa gestão, estão sendo obrigados a irem para essas caminhadas. Não é voluntariado não, viu? Estão sendo obrigados! Do jeito que está o desemprego, imagine uma pessoa ouvindo do chefe imediato ‘olhe, hoje tem caminhada do candidato x, e você vai! Se não for, o Diário Oficial publica sua exoneração!’. Quero deixar bem claro ao povo de Aracaju, que não apoio nenhum dos candidatos apoiados pelo prefeito, mas, provavelmente, vocês vão me ver em caminhadas assim. Vou pedir imagens, vou conversar com pessoas, para que saibamos se isso procede. E se proceder, vamos buscar as medidas cabíveis”, afirmou Amintas.
Em seguida, o parlamentar exibiu um vídeo feito por alguns músicos locais durante o Forró do Calote, evento criado em forma de protesto contra a falta de pagamento aos artistas sergipanos que trabalharam durante o Forró Caju.
“Viram isso? Eles estão questionando. A festa não estava garantida? Se é só um problema burocrático com o Ministério da Cultura, eu fico com uma pergunta na minha mente. Será que as atrações nacionais também estão enfrentando essas questões burocráticas? Será que os ‘Wesleys Safadões’ da vida enfrentam isso? Eu posso dizer, já que passei mais de 15 anos trabalhando com bandas em Sergipe. [Os artistas nacionais] só saem do hotel quando está tudo 100% pago. Quando se assina o contrato, 50% é pago, já que não existe burocracia no Ministério da Cultura pra eles”, declarou.
Por fim, Cabo Amintas falou sobre o andamento da Comissão Parlamentar de Inquérito da Saúde e mostrou sua indignação com a demora para o fim das obras que acontecem no Hospital Cirurgia.
“As obras do Hospital Cirurgia não acabam nunca. Nunca! Então, já vai um alerta, até sobre o que nós, membros da CPI, conversamos ontem. Vamos convocar os fornecedores! O Sr. Gilberto, quando esteve aqui, brincou, zombou, fez discurso. Nós não podemos falar de política aqui, mas ele pode pegar o microfone e fazer um espetáculo como fez aqui, não é? Ele [Gilberto] não falava sentado — porque tinha que falar em pé, pra gesticular — e negou o filho, enquanto a irmã dele me dizia que o rapaz era filho dele mesmo. Aquilo foi um espetáculo! Tinham 5 bestas sentadas aqui, membros da CPI, assistindo ao circo montado pelo Hospital Cirurgia nesta Casa”, criticou.
E completou “mas eu vou dar um recado ao Sr. Gilberto e à sua família, que enriqueceu muito com o Hospital Cirurgia. Esse circo vai pegar fogo, viu? E fiquem atentos: não vai dar tempo pro palhaço dar sinal. Nós da CPI, não vamos aceitar um nariz de palhaço. De forma alguma! O que eu mais queria, e disse aqui no início do meu mandato, era algemar corrupto. Está chegando a hora! Se os senhores que enriqueceram às custas das mortes no Hospital Cirurgia acham que as coisas estão paradas, aí é que se enganam. [...] Podem tirar o cavalinho da chuva porque o pau vai quebrar! Com fé em Deus, eu ainda hei ver a polícia visitando essas pessoas. E prendendo não por causa de arma, prendendo por causa de envolvimento em corrupção e em mortes de pessoas de bem naquele hospital”, concluiu Amintas.