“É preciso respeitar todos esses trabalhadores que constroem uma educação libertadora”, diz Linda
A vereadora Linda Brasil (PSOL) manifestou solidariedade à categoria do magistério do estado de Sergipe, que está vivendo um desmonte na carreira. Em seu pronunciamento, na última quarta-feira, 24, destacou que os professores/as cumprem um importante papel na formação educacional da população, no entanto, é uma das categorias que têm seus direitos mais violados.
“Gostaria de registrar a minha solidariedade às professoras e professores que constituem essa importante categoria do magistério de Sergipe. Segunda, 22, fez 5 meses que o governo do Estado destruiu a carreira do Magistério e acabou com a isonomia entre ativas/os e aposentadas/os. Quero, mais uma vez, reafirmar o meu compromisso de lutar pela retomada da carreira e da paridade entre ativos e aposentados. Eu estava junto com a categoria em todos os momentos de votação na Alese e fui testemunha da truculência de Belivaldo em um processo sem diálogo, autoritário e violento contra uma categoria de homens e mulheres que luta e resiste contra a precarização e a falta de condições dignas de trabalho”, afirmou.
A parlamentar lembrou ao Plenário o papel fundamental que a categoria cumpre e tem cumprido, principalmente em períodos históricos de ameaça à democracia. “É preciso respeitar todos esses trabalhadores e trabalhadoras que constroem uma educação libertadora e nos dão esperança de dias melhores”, refletiu.
Nesse sentido, Linda fala que a educação transformadora pode emancipar e empoderar a juventude, formando pessoas conscientes e que saberão escolher bons/boas representantes na política.
“A reportagem do Jornal do Dia aponta os dados de evasão escolar, que atingem jovens entre 13 e 15 anos, esse, hoje, é um tema central para ser enfrentado juntamente com as condições de ensino e do trabalho dos professores/as. Em 2020, a Secretaria Estadual de Educação já indicava que mais de 5 mil crianças e adolescentes estavam fora da escola ou sem atividade escolar, esse número é alarmante, pois, mesmo depois da reabertura, muitos alunos e alunas não voltaram para a escola”, colocou a parlamentar.
Linda pontuou, em plenário, que a evasão escolar já se constituía um problema grave para o público LGBTQIA+. “As pesquisas apresentaram que 73 que se identificam como LGBTQIA+ sofreram bullying lgbtfóbico e 37 chegaram a ser vítimas de violência física. Nesse sentido, é preciso que a Secretaria Estadual de Educação, junto com as secretarias municipais, monte uma estratégia de enfrentar essa triste realidade que atinge a juventude sergipana”.
A também educadora ressaltou a importância do olhar para as questões que atravessam a permanência de estudantes, com uma abordagem que priorize a juventude pobre e negra do estado. “É preciso perceber que são famílias que estão em condição de maior vulnerabilidade social, desempregados, alguns vivendo insegurança alimentar ou até mesmo passando fome, jovens LGBTQIA+ que sofrem com o preconceito e com a violência”, destacou.
Vacinação
Na ocasião, Linda apelou para que as famílias levem as crianças para a vacinação contra a poliomielite. “Fiquei preocupada após ter visto uma reportagem: menos de 18% das crianças aguardadas para serem vacinadas contra a poliomielite em Aracaju compareceram. Em Sergipe, o índice é de 24%, e apenas 13 dos 75 municípios conseguiram alcançar 50% do público, mas o ideal é chegar a 95%”, alertou.
A vereadora refletiu sobre os perigos das fake news sobre as vacinas e enfatizou a importância da ciência e do avanço da saúde pública, contribuindo para a superação de diversas doenças, muitas que já estão erradicadas.