“De forma velada, o poder econômico ainda influencia as eleições em Sergipe”, alerta Dr. Manuel Marcos
por Marta Costa, Assessoria de Imprensa do Parlamentar
—
publicado
28/10/2024 07h00,
última modificação
04/11/2024 15h20
O vereador Dr. Manuel Marcos (PSD) fez uso da tribuna da Câmara Municipal de Aracaju (CMA), na manhã desta terça-feira, 11, para alertar a população sobre a influência da verba partidária nos resultados do 1°Turno das Eleições 2022 em Sergipe.
De acordo com a análise do parlamentar, que é contrário ao uso de dinheiro público para financiamento de campanhas, a má distribuição dos recursos pelos partidos gerou uma desigualdade no custeio das candidaturas, tornando o pleito uma disputa desleal.
“Sou contra o uso de verba partidária mas, se existe uma legislação que permite, que o dinheiro seja dividido igualitariamente entre os indivíduos. De forma velada, o abuso do poder econômico está definindo as eleições em Sergipe. Teve candidato que recebeu 1 milhão de reais, outro que recebeu mil reais, outros nada. Como pode?, explicou o legislador.
Dr. Manuel Marcos também destacou as manobras utilizadas pelos candidatos para receber o benefício. “Na eleição passada teve um candidato que se declarou branco. Neste pleito, o mesmo candidato se denominou pardo, só para receber pelas cotas. Eu sou preto, recebi pelas cotas, porque sou preto. Só por isso. Candidatos se declararam pardos para se enquadrar na norma", declarou.
Votação expressiva
Dr. Manuel Marcos foi candidato a Deputado Estadual pelo PSD e obteve 14.499 mil votos válidos. “Foram 14.499 amigos que acreditam no meu trabalho. Votos limpos. Não comprei ninguém. Não estou aqui falando porque não ganhei. Não preciso de verba partidária porque tenho trabalho e uma história limpa. Esse dinheiro deveria ser usado na saúde e não para bancar a carreira de políticos", desabafou.
A legislação eleitoral condena o abuso de poder econômico no processo eleitoral, embora não exista uma fiscalização efetiva para coibir essas práticas abusivas. De acordo com o TRE/ SE, a prestação de contas, em muitos casos, tem os seus dados burlados dentro dos partidos para que todos tenham as contas aprovadas pelo Órgão fiscalizador.
“Não sei o que acontece, virou moda eleger mulher de prefeito, filho de prefeito, irmãos, irmãs de ex-políticos. Cidadãos que não têm serviços prestados. Sonho com o dia que o povo vai acordar. As pessoas estão fazendo da política carreira profissional. Eu não preciso disso, porque sou médico, tenho profissão e história. O custeio das candidaturas, no passado, era dos coronéis, agora é dos cofres públicos. É absurdo”, finalizou.