“Aracaju precisa de Renda Básica para que mais pobres não morram de vírus nem de fome”, diz Ângela Melo

por Paulo Victor Melo - Assessoria de Imprensa da parlamentar — publicado 07/04/2021 15h45, última modificação 07/04/2021 15h45
 “Aracaju precisa de Renda Básica para que mais pobres não morram de vírus nem de fome”, diz Ângela Melo

Por Assessoria da Parlamentar

A vereadora Professora Ângela Melo (PT) voltou a cobrar da Prefeitura de Aracaju que crie uma Renda Básica Municipal, como medida essencial para que as famílias mais vulnerabilizadas da cidade consigam sobreviver aos efeitos da covid-19.

Vale lembrar que, ainda no mês de fevereiro, a parlamentar petista protocolou uma Indicação para que o prefeito Edvaldo Nogueira encontrasse alternativas para criação da Renda Básica, porém, até o momento, nenhuma iniciativa foi adotada pelo Executivo Municipal.

Enquanto a Prefeitura de Aracaju silencia a respeito da propositura, a fome e as desigualdades crescem no Brasil e também na capital sergipana.

Por isso, para Ângela, “não adianta apenas pedir que as pessoas fiquem em casa e colaborem com o enfrentamento da pandemia se o poder público não oferece as condições de vida às pessoais mais pobres, às donas de casa, aos jovens das periferias, mulheres negras, trabalhadores informais, artistas e outros. A Renda Básica é fundamental para que as pessoas não morram de vírus nem de fome”.

De acordo com o relatório “Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no contexto da pandemia de covid-19 no Brasil”, publicado esta semana, mais de 116 milhões de brasileiras e brasileiros vivem em situação de insegurança alimentar, o que representa 55% da população do país.

Numa situação ainda mais grave, de acordo com o estudo, estão 20 milhões de adultos, crianças e idosos, uma média de 9% da população, que passam fome todos os dias no Brasil.

O mesmo levantamento revelou que no Nordeste do país o cenário é mais preocupante, já que mais de 70% das pessoas da região vivem em insegurança alimentar e quase oito milhões de nordestinos e nordestinas passam fome.

Esses dados, de acordo com a parlamentar petista, refletem o que é percebido nas ruas de todo o país. “Basta abrirmos os olhos que veremos cada dia mais pessoas nos semáforos segurando placas em que dizem que estão com fome, a cada dia vemos mais famílias pedindo comidas no trânsito, temos a cada dia mais gente perdendo seu sustento”, enfatizou Ângela.

Apresentando indicadores oficiais, a vereadora destacou ainda que Aracaju é um infeliz exemplo do aprofundamento das desigualdades sociais e econômicas. “De acordo com pesquisa do IBGE, Aracaju é a terceira capital mais desigual do Brasil e isso foi escancarado na pandemia”, disse.

Além da lamentável posição de Aracaju no ranking de desigualdade, outros dados sinalizam o cenário criticado por Ângela: aproximadamente 17% da renda da população de Aracaju é comprometida apenas com pagamento de tarifa do transporte público; quase 42% da população de Aracaju não têm acesso a esgotamento sanitário; e Aracaju é a terceira capital do país com maior percentual de domicílios com rendimento efetivo per capita inferior a R$ 10 por dia.