“Aracaju precisa de Renda Básica Municipal em caráter de urgência”, afirma Professora Ângela Melo
Na Sessão legislativa desta terça (23), a vereadora Professora Ângela Melo (PT) foi enfática ao defender a necessidade de criação, pela Prefeitura de Aracaju, da Renda Básica Municipal direcionada às famílias mais vulnerabilizadas da cidade.
Com base em estudo da Fundação Getúlio Vargas, a parlamentar petista mencionou que, após o fim do auxílio emergencial em dezembro do ano passado, a pobreza extrema deve atingir 20 milhões de pessoas no Brasil.
De acordo com outra pesquisa, do Instituto Datafolha, o auxílio emergencial foi a principal ou única renda de 68 milhões de brasileiros e brasileiras em boa parte do ano. O levantamento revelou também que 75% das famílias que tiveram a redução do valor do auxílio de R$ 600 para R$ 300 reduziram o poder de compra de alimentos e 55% precisaram deixar de pagar as contas de casa.
Enquanto os dados escancaram o aprofundamento das desigualdades, o Governo Federal segue sem definição sobre a retomada do auxílio emergencial, o que, no entender de Ângela Melo, aumenta a responsabilidade dos municípios.
“Não podemos esperar nada de um Governo que todos os dias pratica a política de morte. O poder público municipal deve adotar medidas efetivas para reverter esse cenário triste que as famílias mais pobres estão enfrentando”, frisou.
Visando este objetivo, a vereadora apresentou em janeiro deste ano a Indicação para que a Prefeitura de Aracaju crie a Renda Básica Municipal, algo que, para ela, não pode demorar a ser implementado.
“Temos a cada dia mais pessoas nos semáforos, vemos mais famílias pedindo comida nas ruas e muita gente perdendo o seu sustento. Não podemos virar as costas, tapar os olhos ou cruzar os braços aguardando alguma novidade de Brasília. A realidade exige urgência na criação de uma renda específica para auxiliar essas pessoas que são cidadãs e cidadãos de Aracaju”, defende Ângela.