“Aracaju precisa de lockdown, vacina e renda básica”, defende vereadora Professora Ângela Melo

por Paulo Victor Melo - Assessoria de Imprensa da parlamentar — publicado 13/04/2021 15h25, última modificação 13/04/2021 15h24
“Aracaju precisa de lockdown, vacina e renda básica”, defende vereadora Professora Ângela Melo

Por Assessoria da Parlamentar

Na Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Aracaju (CMA) desta terça-feira, 13, a vereadora Professora Ângela Melo (PT) ressaltou que três medidas são essenciais para o enfrentamento à pandemia na capital sergipana: lockdown, vacina para todas e todos e Renda Básica para as famílias mais vulnerabilizadas.

“É preciso que a Prefeitura adote um conjunto de ações articuladas para conter a disseminação do vírus e reduzir os óbitos em nossa cidade. E nesse sentido não há outra alternativa que não seja a combinação entre lockdown, vacinação em massa e criação de uma Renda Básica para as pessoas que mais precisam”, defende.

Para a parlamentar petista, as altas taxas de contaminações e mortes de adultos jovens, a superlotação das UTIs, além da escassez de oxigênio em algumas cidades do interior do estado, não deixam dúvidas sobre a necessidade de lockdown em Aracaju e Sergipe.

Dados de um novo estudo da Universidade Federal de Sergipe, divulgado no final da semana passada, revelam a urgência do lockdown:

- Na população que tem entre 30 e 39 anos, a taxa de contaminação em Sergipe aumentou mais de 1000%;

- Em março, a taxa de mortalidade entre as pessoas internadas subiu para 37,7% (em fevereiro, a taxa foi de 14,7%);

- As UTIs públicas do estado estão com uma média de ocupação de 90% e as privadas já com mais de 100%; e

- 30% das cidades sergipanas estão com escassez de oxigênio.

A Professora Ângela Melo ressaltou também que a sua posição tem sintonia com o que entidades de categorias da saúde. “Na semana passada, a Comissão de Saúde da Câmara recebeu a presidenta do Sindicato das Enfermeiras e eu me reuni há poucos dias com a diretoria do Sindicato dos Médicos. Essas categorias, que estão na linha de frente do enfrentamento à pandemia, estão dizendo que as medidas tanto do Governo quanto da Prefeitura são muito tímidas e não chegam à raiz do problema”, disse.

A respeito da Renda Básica, a vereadora acredita que é uma ação fundamental para minimizar o aprofundamento da fome e das vulnerabilidades.

Alguns indicadores do Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no contexto da covid-19 reforçam a importância da Renda Básica:

- Mais de 116 milhões de brasileiras e brasileiros, o que representa 55% da população, vivem em estado de insegurança alimentar;

- Quase 44 milhões de pessoas não têm alimentos em quantidade suficiente todos os dias e 20 milhões estão passando fome;

- No Nordeste, mais de 70% das pessoas vivem em insegurança alimentar;

- Quase 8 milhões de nordestinos e nordestinas passam fome.

Frente a esses dados, que escancaram a gravidade da situação enfrentada pelas famílias mais pobres do país, Professora Ângela Melo critica a ausência de respostas da Prefeitura sobre a sua Indicação, protocolada em fevereiro, para criação da Renda Básica.

“É lamentável que até aqui a Prefeitura de Aracaju não diga uma palavra sequer sobre a proposta que apresentei da Renda Básica. Enquanto o prefeito silencia, mais e mais famílias têm dificuldades de colocar um prato de comida na mesa para os seus filhos”, denuncia.