“A população negra é a mais atingida por problemas sociais diversos”, destaca Professor Bittencourt

por David Rodrigues, Assessoria de Imprensa do parlamentar — publicado 28/10/2024 07h00, última modificação 04/11/2024 15h20
“A população negra é a mais atingida por problemas sociais diversos”, destaca Professor Bittencourt

Foto: Gilton Rosas

Dentro da semana em que se comemora o dia da Consciência Negra, o vereador Professor Bittencourt (PDT), utilizou a Tribuna para fazer uma reflexão e um desabafo sobre o racismo estrutural. O parlamentar fez uso do Grande Expediente e apresentou um vídeo, que foi publicado recentemente em sua rede social, em que o mesmo relata, durante uma entrevista, algumas situações que sentiu na pele os reflexos do racismo.

“Efetivamente, vivemos em uma sociedade racista. Infelizmente isso é tão natural e convencional que, às vezes, as pessoas repetem sem perceber o que estão repetindo. Porque é uma sociedade racista, mas não se percebe, algumas vezes, as suas ações racistas. Isso é muito estrutural e está entranhado nas estruturas que deram sentido e construíram a nossa sociedade”, pontuou.

De acordo com o parlamentar, a população negra é resultado de todo um processo histórico de “desqualificação do que somos para justificar a escravidão”. Para o vereador, o homem e a mulher negra, independente da circunstância econômica ou política, sempre haverá sobre eles alguma desconfiança. “Às vezes isso está ao nosso lado e não percebemos. Quanto mais falamos e discutimos sobre isso, mais necessário será falar e discutir ainda. Esse é um tipo de problema que não se resolve calando, se resolve vociferando alto contra aqueles que insistem em ter uma ação abjeta, estúpida e burra que é o racismo”, destacou.

Ainda em sua fala, Bittencourt destacou a incidência de problemas sociais que permeiam a população negra no Brasil. “A população negra é a mais atingida por problemas sociais diversos. É a maior parte da população nas favelas, nas habitações sub-humanas, mas não é porque nós, negros, não temos capacidade de ser diferentes, é porque a história nos impôs uma circunstância que nos impõe a essa situação. Não há civilização com preconceito. Não há justiça social com racismo. Não há sociedade equilibrada, justa, igualitária em que todos nós queremos saneamento básico, justiça, educação e saúde com o racismo estando presente”, endossou.