“A gente se sente impotente”, diz Byron sobre tentativas frustradas de solucionar problemas dos aracajuanos

por Pábulo Henrique, Assessoria de Imprensa do Parlamentar — publicado 28/10/2024 07h00, última modificação 04/11/2024 15h20
“A gente se sente impotente”, diz Byron sobre tentativas frustradas de solucionar problemas dos aracajuanos

Foto: Agência Câmara

Indignação. Esse foi o teor do discurso do vereador por Aracaju, Sargento Byron (Republicanos), fundador do projeto Estrelas do Mar, que usou o Grande Expediente da Sessão Ordinária da Câmara de Aracaju, para desabafar sobre as tentativas frustradas de solucionar os problemas relacionados ao serviço público da capital sergipana, destacando os sérios problemas na saúde e na inclusão de pessoas com deficiência no sistema educacional público.

Revoltado, o parlamentar levou casos que chegam até o seu mandato, que são levados ao conhecimento do poder público, mas que não são solucionados. Um exemplo é do Márcio Lopes, que tem 48 anos, e está prestes a perder a visão. Segundo Byron, através do seu trabalho, há três meses, vem tentando fazer interlocução com o poder público para tentar remediar a situação, mas sem sucesso. “Imaginem, meus amigos vereadores, aquelas pessoas que não conseguem chegar até a gente. O que elas sofrem? Se esses que chegam ao nosso conhecimento, ao conhecimento do próprio poder público, estão passando por isso, imaginem aqueles que não têm condições, ao menos, de ter um celular para entrar em contato com um de nós. O que essas pessoas sofrem?”, questionou.

Outro caso abordado é do da Emilly, de 19 anos, que sofreu uma tentativa de feminicídio, tendo seu corpo queimado, sofrendo queimaduras de 2º e 3º grau. Na época do atentado, a Emilly estava gestante. “Tenho ajudado a impulsionar a campanha que está acontecendo para que a Emilly faça uma viagem para realizar alguns procedimentos que não são realizados aqui. Sua família tem me procurado constantemente para denunciar que a Emilly não está recebendo o suporte necessário da Saúde de Aracaju e nem do Governo do Estado. Emilly precisa de apoio, acolhimento, acompanhamento psicológico, um tratamento digno das queimaduras do seu corpo. Mas está lá sem escuta, sofrendo, tudo isso depois de vários parlamentares terem tratado sobre o caso dela. Mais uma vez questiono: imaginem as pessoas que não chegam até nós?”, continuou Byron.

O parlamentar seguiu o seu desabafo reforçando a necessidade de todos os parlamentares se unirem para cumprir com o juramento da posse e as promessas de serem ferramentas de transformação feitas anos atrás. “Eu me questiono todo santo dia sobre o meu trabalho. Não é falta de vontade não. As coisas são travadas. Só precisamos, urgentemente, de união. Eu sou apenas um. Mas se todos nós nos juntarmos em defesa do povo, seremos 24 vozes lutando pelos cidadãos aracajuanos, ajudando a construir uma Aracaju melhor”, convocou o parlamentar.

Inclusão das pessoas com deficiência na educação

O parlamentar voltou a cobrar que a Prefeitura, através da Educação e Saúde, tenham mais efetividade no processo de avaliação dos casos das pessoas com autismo, deficiências permanentes e doenças raras para que recebam o apoio necessário do Município no que se refere ao acompanhamento individual e até na estrutura necessária para que todos os cidadãos estejam nas salas de aula. “Não cansamos de receber casos de crianças que estão sendo prejudicadas no ensino porque não tem professor auxiliar. Eu já cobrei aqui diversas vezes. É dever. É direito. Essas pessoas precisam ser respeitadas. Esses direitos precisam ser garantidos. É um grande absurdo. A gente se sente impotente com tanta demanda negada, esquecida, engavetada”, reforçou Byron.