“A administração está sendo criticada por conta do Forró Caju, mas não analisam a situação de crise”, diz Nitinho
O presidente da Câmara Municipal de Aracaju, Nitinho (PSD), ocupou a Tribuna durante o Grande Expediente nesta quinta-feira, 01, para reforçar sua defesa pela não realização do Forró Caju este ano por conta da falta de recursos e pela atual situação de crise que o município está passando. O vereador também destacou que a administração está sendo muito criticada, mas que não analisam a atual situação financeira do município.
“Muitas pessoas estão criticando a administração por criticar. Alguns falam que a Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA), não tem organização e planejamento para preparar o Forró Caju, mas na verdade não tem planejamento se não tiver dinheiro e recursos para fazer. Se tiver dinheiro dá para realizar sim. Mas a questão é essa, não é culpa da administração atual a falta de verbas para a realização dessa festa”, explicou.
O parlamentar justificou ainda que a atual administração assumiu a PMA com dívidas herdadas pela antiga gestão e salários atrasados. “A PMA estava com uma dívida de quase 800 milhões e dois meses de salários atrasados. Então o que a nova administração pensou ao assumir foi em regularizar os pagamentos de salários. Se Edvaldo priorizou os salários dos servidores, não podem chamá-lo de incompetente por não planejar o Forró Caju com essa situação que recebeu a Prefeitura. Todos estão só criticando, mas quem pegou a administração do jeito que ele pegou não sabe o quanto é difícil. É muito fácil falar e criticar”, destacou.
Nitinho esclareceu que não é contra o Forró Caju e explicou que apenas no atual momento a festa pode não ser viável. “Eu defendo e valorizo os artistas sergipanos e desejo sim que o Forró Caju se mantenha vivo, porque é uma tradição cultural, mas temos que ter consciência que se esse evento acontecer, não será como nos outros anos, como muitos dias de festa, porque não há condições financeiras para isso. Temos que ter sensibilidade neste assunto e reconhecer as dificuldades no momento de crise”, ressaltou.
Ainda durante seu discurso, o presidente da CMA deixou claro que os vereadores que foram para Brasília em busca de recursos para a realização do Forró Caju foram com recursos próprios, sem nenhum ônus para os cofres públicos. “Ao contrário do que alguns setores da imprensa divulgaram, os vereadores foram com recursos próprios. Nós precisamos defender nossos colegas, pois quando atinge a um atinge a todos. Eles não cometeram nenhum crime, pagaram passagens, hospedagens e alimentação do bolso deles”, disse.
Em aparte, a vereadora Emília Corrêa (PEN) destacou que Edvaldo, ao assumir a prefeitura, sabia que não seria fácil. “Na hora que se assume a nova administração, cada secretaria vai cuidar do que refere a sua função e fazer um calendário das principais datas do ano para realizar um planejamento. Então não é só com dinheiro no bolso, é com criatividade e planejamento que se faz, tanto o Forró Caju como qualquer outro evento”.
De acordo com o líder da oposição, Elber Batalha (PSB) Silvio Santos foi nomeado para a Funcaju e deveria estar desde o início do ano em busca de recursos. “Só vai haver Forró Caju por causa dos esforços de André Moura que está atrás de recursos federais. Também quero afirmar que faltou sim planejamento da gestão”, falou o parlamentar.
Manuel Marcos (PSDB) falou em aparte sobre sua viajem à Brasília com alguns colegas parlamentares. “Fiz essa viagem pela necessidade de uma representação política para conseguir a busca de recursos para Aracaju. E destaco que não foram apenas recursos para o Forró Caju, foram para saúde e para outras áreas também”, explicou o vereador.