“A ação no MPE é um pedido de somação para que a oncologia seja mais eficaz e eficiente”, afirma Sheyla Galba

por Assessoria de Imprensa da parlamentar — publicado 28/10/2024 07h00, última modificação 30/10/2024 15h10
“A ação no MPE é um pedido de somação para que a oncologia seja mais eficaz e eficiente”, afirma Sheyla Galba

Foto: César de Oliveira

A vereadora Sheyla Galba (Cidadania) ocupou a Tribuna da Câmara Municipal de Aracaju, nesta terça-feira (15), para falar sobre a situação da oncologia do Hospital João Alves Filho. Segundo a parlamentar, mesmo com o passar dos anos não há avanços e a situação muda, o que leva os pacientes a enfrentarem os mesmos problemas.

A vereadora destacou que, diante do cenário, protocolou no dia 1º de fevereiro deste ano, um ofício no Ministério Público Estadual para, junto com o órgão fiscalizador, buscar soluções para as demandas recorrentes. “Venho recebendo denúncias de mulheres de peito, de pessoas comuns da sociedade, ligações, mensagens e pedidos de socorro”, detalhou.

Sheyla Galba ressaltou que o início do tratamento oncológico não pode demorar e criticou o horário de funcionamento do setor de radioterapia do Hospital João Alves. “Cada dia é importantíssimo para a vida de uma pessoa diagnosticada com câncer. O aparelho Primus funcionava, ou deveria funcionar das 06h às 20h, mas algumas mulheres de peito me informaram que a máquina funciona até as 16h30. Após esse horário, começa um esvaziamento dos funcionários do setor de radiologia”, pontuou.

Outro ponto questionado pela vereadora foi a quantidade de pacientes submetidos ao tratamento diariamente. “A própria gerente da radioterapia falou que a máquina atende em média 25 a 30 pessoas. Porém, quando eu fui tratada, a máquina atendia uma média de 90 pessoas. Existe um convênio com uma clínica particular, mas essa máquina poderia atender mais pessoas e reduzir custos para o Estado”, frisou.

Sheyla Galba chamou atenção também dos colegas para as pessoas que fazem tomografia de planejamento e que estão esperando de 25 a 40 dias para iniciar o tratamento. “Isso é desumano demais, um absurdo! Precisamos somar esforços. Aqui não é crítica por crítica. É um pedido de ajuda. Sinceramente, dói demais ver tantos pedidos de ajuda. Pessoas que estão bem, em casa, com a família e de repente são diagnosticadas com câncer e veem os dias passando e o tratamento não avançam. É doloroso demais”, enfatizou.

Ainda no discurso, a parlamentar falou da necessidade de ouvir as demandas apresentadas pelos trabalhadores do Hospital João Alves. “Profissionais abnegados, verdadeiros heróis da oncologia. Mas tomei conhecimento recentemente que médicos estão abrindo mão do trabalho. E os pacientes oncológicos ficam feito petecas mudando de médicos e essa relação precisa ser próxima. O médico tem de conhecer seu paciente”, disse a vereadora.

“Essa denúncia ao Ministério Público é um pedido de ajuda e somação para que a gente possa ouvir a população, os usuários, os trabalhadores, a direção e possamos chegar a um denominador comum para que a oncologia do Huse seja mais eficaz e eficiente”, concluiu Sheyla Galba.